Os 200 anos de Independência do Brasil

Equipe - Publicado na categoria Dicas de leitura em 01/09/2022


Mary Del Priore

“O que acontece quando uma viúva tem que se reinventar, um almirante tem que ganhar batalhas e dinheiro e um governante tem que construir um país?” Essa é a pergunta que a historiadora Mary Del Priore faz na introdução de A viajante inglesa, o senhor dos mares e o imperador na Independência do Brasil, publicado pela Editora Vestígio para marcar os 200 anos da Independência do Brasil.


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UMA INDEPENDÊNCIA NADA PACÍFICA
O livro apresenta a relação entre a viajante e escritora inglesa Maria Graham, o marinheiro escocês Lorde Cochrane, conhecido como “O Lobo dos Mares”, e o icônico imperador D. Pedro I. Os três personagens nos ajudam a compreender melhor o nascimento de um novo país no continente americano.

Uma das etapas mais importantes desse processo emancipatório foi a manutenção do território unificado. Para isso, diferentemente do que se costuma estudar em livros clássicos, foi preciso ir para a guerra para consolidar a independência. As lideranças políticas do Rio de Janeiro precisaram vencer forças regionais que preferiam se manter unidas a Portugal, com mais interesse em manter o lucrativo comércio com Lisboa do que obedecer às ordens da Corte fluminense.


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AUTORITARISMO MUDOU O RUMO DO PAÍS E DOS PERSONAGENS
Uma das principais contribuições de Mary Del Priore é nos apresentar a personagem Maria Graham, uma feminista que não apenas acompanhou como também participou de um dos processos mais importantes da história nacional. Na troca de correspondências ou em conversas diretas com lideranças políticas e militares, Graham defendia ideais liberais, cobrando uma posição de destaque para as mulheres em um ambiente tenso pela disputa entre diferentes regiões.

Nesse contexto, quem melhor para garantir a vitória diante de províncias separatistas que um experiente marinheiro escocês, que ficou célebre na luta contra a armada de Napoleão Bonaparte e que tinha sido fundamental na independência do Chile? É aqui que Lorde Cochrane entra em ação. Ele tinha criado laços íntimos com Maria Graham em Valparaíso, no Chile, quando ela ficou viúva de um oficial da marinha britânica.

Enquanto Cochrane vencia batalhas com seu estilo ousado e surpreendente, Maria Graham se aproximou da família imperial brasileira. Entrou no círculo íntimo de amizades da Imperatriz Maria Leopoldina e chegou a atuar como governanta da primogênita imperial: a princesa Maria da Glória. Infelizmente, o autoritarismo de D. Pedro I foi um marco negativo do período logo após a independência. Em novo contexto, a relação entre esses três personagens também iria desmoronar.

Nessa crônica historiográfica, a historiadora e escritora Mary Del Priore conta a trajetória destes três personagens se cruzam e se relacionam como se fossem de ficção, mas não são: existiram e atuaram por dentro e por trás de fatos verídicos de nossa história, em um dos momentos mais importantes do nosso passado, que completa agora dois séculos.


CONHEÇA A AUTORA
Mary Del Priore é uma referência para os estudos históricos acerca do Brasil. Com pós-doutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales, de Paris, França, já escreveu mais de 50 livros, multipremiados. Sócia honorária do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), é autora dos volumes de História da Gente Brasileira e de dezenas de obras que esclarecem fatos e personagens do Brasil, com destaque para a participação feminina na formação do Estado e da Nação. Em 2022, foi eleita membro da Academia Paulista de Letras.


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