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ABeCedário de Criação Filosófica

Abecedário de Criação Filosófica aproxima a Filosofia do cotidiano

Ousada seleção de pensamento-escrita organizada por Walter Omar Kohan e Ingrid Müller Xavier e escrita por 31 professores de diversos países da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e Uruguai), Portugal e Itália, o ABeCedário de criação filosófica chega ao mercado pela Autêntica Editora prometendo despertar grande interesse de educadores, estudantes e interessados em Filosofia e Ciências Humanas. O livro vai além de um dicionário de Filosofia, a partir dos conceitos dados a cada palavra utilizada, para letras do alfabeto, como definem os organizadores: “A Filosofia diz respeito a olhar de certa maneira o mundo, partindo do que está mais perto da gente. O tratamento que neste livro é dado a cada palavra, na tentativa de ir além do dicionário, responde a essa ideia. Aqui, a criação parte da concretude de uma barba, um índio, uma janela para não deixar dúvidas sobre a proximidade entre a Filosofia e o cotidiano. Noções tradicionais da Filosofia, como amizade, pensamento ou justiça, também são concretas, embora pareçam abstratas”.

Fundamental para se conhecer um pouco sobre o tema, essa obra se torna ainda mais essencial a professores e alunos, pois dentro de pouco tempo a Filosofia será, no Brasil, disciplina obrigatória durante os três anos de Ensino Médio. Afinal, a Filosofia é uma forma de se relacionar com os conceitos e mundos que habitamos. É justamente isso o que propõe o ABeCedário de criação filosófica: afirmar um modo especial de relação com o que habitamos e nos habita.

Inspirado em outro abecedário, que resultou na gravação de um vídeo do jogo em que o filósofo Gilles Deleuze dava definições para palavras propostas pelo jornalista francês Claire Parnet, como a palavra animal, para a letra a; e beber, para a letra b; este ABeCedário de criação filosófica, no entanto, não pretende apresentar um texto deleuziano, como salientam os Walter Kohan e Ingrid Xavier: “A inspiração nos levou por caminhos diferentes, não apenas pelo fato de os autores do presente livro estarem vivos na hora da publicação da obra, mas também porque o presente abecedário está longe de ser um texto estritamente deleuziano, tanto pela concepção de Filosofia afirmada, pelos conceitos escolhidos, quanto pelos estilos de escrita oferecidos. Contudo, ele mantém um princípio comum: Deleuze afirma que a Filosofia é criação de conceitos e isso, de alguma forma, está presente aqui.”

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