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Jornalista resgata a história da ocupação e evolução do vale do Rio Doce

25/11/2011 — Assessoria de Comunicação

Escrito pelo jornalista Marco Antônio Tavares Coelho, Rio Doce – A espantosa evolução de um vale é um precioso estudo sobre a história do vale do Rio Doce, desde a colonização portuguesa até os dias atuais

Situado no leste de Minas Gerais, o Vale do Rio Doce é atualmente o grande centro econômico do Estado, graças ao papel desempenhado na mesorregião mineira por empresas mundialmente poderosas. Porém, durante três séculos o vale foi uma região abandonada, devido à inexploração dos colonizadores portugueses, que consideravam o território uma “área proibida” pelo difícil acesso que a vegetação de Mata Atlântica lhes proporcionava e pelos índios “botocudos”, considerados – erroneamente – antropófagos perigosos. Interessado na evolução da ocupação demográfica e econômica do vale do Rio Doce e no resgate populacional e cultural dos “botocudos”, o jornalista Marco Antônio Tavares Coelho escreveu o livro Rio Doce – A espantosa evolução de um vale.

Especialista em rios mineiros, Marco Antônio Tavares Coelho, autor de livros sobre o Rio das Velhas e sobre a divergência em torno da transposição do São Francisco, se dedicou durante quatro anos a uma intensa pesquisa, viagens e consultas acerca da história do vale e do Rio Doce, motivado pela falta de conhecimento, tanto em Minas quanto no resto do país, a respeito da realidade da região mais próspera das Alterosas e por seu abandono durante os três primeiros séculos pós-descobrimento do Brasil: “Particularmente fiquei abismado com a marginalização desses ‘sertões do leste’, parecendo injustificável o fato de os colonizadores portugueses não o devassarem durante três séculos, enquanto as lonjuras da província e do oeste brasileiro eram vencidas pelos exploradores, que chegaram até a orla do Pacífico e aos grandes rios da Amazônia”.

O autor explica na obra as razões políticas e econômicas que levaram a Coroa portuguesa a considerar os “sertões do leste” como terras proibidas e investiga o posterior interesse pela ocupação da área, o genocídio dos índios “botocudos” e a destruição da Mata Atlântica. Marco Antônio traz também uma análise do interesse pelo minério de ferro e pela siderurgia, que determinaram o desvio do traçado da Ferrovia Vitória-Diamantina para Vitória-Itabira, a denominada Estrada de Ferro Vitória-Minas e o surgimento de grandes complexos produtivos, como as siderúrgicas Belgo-Mineira, Usiminas e Itabira Iron, a Cia. Vale do Rio Doce, entre outras.

A importância de seu estudo não se deve apenas à história de ocupação e do desenvolvimento da região, mas também à preservação da Mata Atlântica e ao resgate dos índios “botocudos”, que foram dizimados após a necessidade de exploração do vale. O autor entrevista ao final do livro o líder indígena e porta-voz da comunidade Kremak em Minas Gerais, Aílton Krenak, que conta a história da ocupação branca e do genocídio indígena na região, além de revelar seu trabalho constante de conscientização da importância da terra para os indígenas, de renascimento, fortalecimento e respeito pela identidade étnica dos índios e a luta pelo atendimento de suas necessidades.

Sobre o autor: Marco Antônio Tavares Coelho nasceu em Belo Horizonte em 1926. Graduou-se na Faculdade de Direito da UFMG. Desde jovem militou no PCB, tendo sido um de seus dirigentes nacionais. Em1962 elegeu-se deputado federal pelo estado da Guanabara, e seu mandato foi cassado em abril de 1964. Preso e torturado em 1975, foi libertado em 1978. Jornalista, trabalhou em diversos jornais de Belo Horizonte, São Paulo e Goiânia. Foi assessor do CNPq e editorexecutivo durante 18 anos da revista Estudos Avançados da USP. É autor dos seguintes livros: Herança de um sonho (memórias, Record, 2000), Rio das Velhas – memória e desafios (Paz e Terra, 2002) e Os descaminhos do São Francisco (Paz e Terra, 2005).

Para mais informações, entre em contato com nossa assessoria de comunicação pelo e-mail ou pelo telefone (31) 3465-4500 (ramal 207).

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