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Sayaru

Devo ter sido cigana em outras vidas, porque o que eu mais gosto no mundo é de viajar, e sempre me mudei muito.
Nasci em Belo Horizonte – e fui lá só pra nascer mesmo: meus pais moravam em Ouro Preto, e logo voltamos. Ouro Preto, pra mim, é quase onde eu nasci, é onde passei os primeiros anos da minha vida, e levo essa cidade com carinho para onde vou. Morei também em Conselheiro Lafaiete e até então não havia saído de Minas Gerais. Adoro dizer que meu pai é de Diamantina e minha mãe é de Medina, isso reaviva em mim a infância de aventuras, a simplicidade, a alegria.
Depois fui morar num país que amo muito e que costumo chamar de “meu segundo país”. Foi onde vivi oito anos da minha vida: o Peru. “Te amo Peru!”, tenho uma camiseta vermelha que diz assim. Criança, eu falava espanhol, viajava por Machu Picchu e comia ceviche, uma comida típica. Lá desenvolvi meu lado artístico, pintava e dançava muito. O Peru encheu meu coração de cores e de sabores com sua comida deliciosa e sua natureza sábia; por isso, agradeço e amo tanto esse país.
Morei quase um ano em Quito, no Equador, perto de um vulcão chamado Cotopaxi, e um mês na Venezuela, de onde me lembro pouco. Depois dessa temporada latino-americana que fez com que eu adorasse falar espanhol, voltei para o Brasil, para uma cidade chamada Vitória, no Espírito Santo. Gostei muito e fiz lá muitos amigos. Mais tarde, fui estudar em São Paulo, uma cidade maluca onde vivi os anos mais loucos da minha vida. Loucos porque eram novos, divertidos: encontrei amigos aventureiros que gostavam de rir e fazer arte juntos.
Minha vida voltou para Belo Horizonte depois que, numa apresentação de dança, caí, machuquei o joelho e tive de operar. E tudo mudou outra vez!
Novamente em Minas Gerais, viajei muito por esse estado lindo e acolhedor onde nasci. É um jeito mineiro bom demais de ser!
Hoje vivo numa cidade realmente maravilhosa, o Rio de Janeiro. Um sonho antigo de criança: passear pelas árvores daqui e mergulhar no mar!
Logo andarei por outras montanhas, até, um dia, chegar ao Sol…
Nessas andanças todas, aprendi o segredo que conto a você neste livro: saber brincar sozinha é saber quem sou, é poder ir aonde eu quiser. É esse o segredo maior do mundo!

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