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HQ brasileira retrata violência imposta a crianças e adolescentes durante cinco séculos de história

A infância do Brasil, romance gráfico escrito e ilustrado pelo curitibano José Aguiar, mostra como abusos vêm sendo sistematicamente cometidos contra este grupo desde a chegada dos portugueses ao país

Desde a chegada dos portugueses, a infância no Brasil tem sido marcada pelo enfrentamento de violentos obstáculos sociais. Escravização indígena e negra, imposição da cultura europeia e abandono e marginalização de menores nas principais cidades são alguns dos problemas que tiveram início há cinco séculos e que, infelizmente, ainda ocorrem em todo o país, atingindo uma das parcelas mais frágeis da população: as crianças e os adolescentes.

Esse é alerta social contido em A infância do Brasil, de José Aguiar, que acaba de sair pela Editora Nemo (Grupo Autêntica). O livro, publicado originalmente em 2017 e há tempos esgotado, ganha agora uma nova edição, com projeto gráfico repaginado e seções inéditas, que contemplam esboços e textos complementares a fim de apoiar o leitor na compreensão do contexto histórico de cada século retratado na obra. O trabalho contou com a consultoria da historiadora Claudia Regina Baukat Silveira Moreira, professora da UFPR.

INSPIRAÇÃO QUE VEIO DO FILHO, DOS PAIS, DOS AVÓS
“Esse projeto começou quando nasceu meu primeiro filho. Comecei a pensar em como é ser criança na idade dele. E como foi ser criança na minha época, na época dos meus pais, dos meus avós”, revela José Aguiar. “Como sempre gostei de história, quis narrar a história do Brasil com uma perspectiva diferente, porque quando a gente pensa em infância, pensa também em futuro, não só no passado.”

O livro conta com prefácio de Mary Del Priore, que afirma: “Os quadrinhos são baseados em legítima historiografia e retraçam temas de sociedade, nos convidando a refletir, a nos conhecer melhor”. Para ela, A infância do Brasil é uma referência por mostrar que as crianças brasileiras sofrem com os mesmos problemas há mais de cinco séculos. “Violência, pobreza, fome, desigualdade na educação, na saúde e na cidadania. E, por que não, sofrem de desamor”, destaca a historiadora.

IMAGENS IMPACTANTES PARA RETRATAR UMA TRISTE REALIDADE
Ao longo dos séculos, as crianças brasileiras tiveram que enfrentar, desde o nascimento, violentos obstáculos sociais. Em uma colonização masculina com início no século XVI, o ato de nascer era marcado pela violência tanto sobre a criança quanto sobre a mãe. Ainda no Período Colonial, a posse dos menores era disputada por colonizadores e jesuítas. Crianças abandonadas sempre estiveram nas ruas das principais cidades.

Até o final do século XIX, a escravidão tornava as crianças negras em objetos pessoais, um problema que afetava, obviamente, também adultos negros. A desigualdade socioeconômica se acentuou com a urbanização crescente no século XX, um problema que continua a assolar o país atualmente. Foi diante desse contexto de mais de 500 anos que o quadrinista José Aguiar criou imagens impactantes para uma narrativa ilustrada da infância no Brasil.

SOBRE O AUTOR
José Aguiar nasceu em Curitiba, em 1975. Mestre em Tecnologia e Sociedade pela UTFPR, tem colecionado diversos prêmios no universo das graphic novels. Com a primeira edição de A infância do Brasil, recebeu os prêmios Le Blanc e Minuano de Literatura. Em sua estante estão também títulos conferidos pela HQMIX e pelo Concurso Internacional de Quadrinhos do SENAC/SP. Com a obra CWB, foi finalista do Prêmio Jabuti de 2021. No exterior, CWB já foi lançada em Portugal, na Alemanha e na França.

É coautor de Vigor Mortis Comics, da adaptação Dom Casmurro (clássico de Machado de Assis), Revolta dos Canudos e Ato 5. As antologias Malu: pequena, comum e extraordinárias e Nada com coisa alguma reúnem suas tiras de humor. Escreveu o livro Narrativas gráficas curitibanas: 210 anos de charges, cartuns e quadrinhos e também sobre cultura pop no site Omelete e no jornal Folha de São Paulo.

Foi curador e idealizador dos premiados eventos Cena HQ e Gibicon – Convenção Internacional de Quadrinhos de Curitiba e do Ciclo de Quadrinhos. Suas webcomics e tiras podem ser lidas no site Maluca e nos jornais Plural e O Globo.

Para mais informações, entre em contato com nossa assessoria de comunicação pelo e-mail ou pelo telefone (31) 3465-4500 (ramal 207).

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