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A modernização das metrópoles é revelada por sólida pesquisa histórica de Jonathan Conlin
Histórias de duas cidades: Paris, Londres e o nascimento da cidade moderna oferece ao leitor um panorama preciso e instigante sobre a formação da urbis moderna através da Londres e da Paris dos séculos XVIII e XIX. Nesse período, ambas se observavam, competindo para ser, com identidades próprias e assinaturas marcantes, a cidade mais importante do mundo.
O historiador Jonathan Conlin, reconhecido por trabalhos importantes na área de museologia, apresenta uma obra bem embasada sobre o período em que se deu o surgimento das metrópoles modernas do ponto de vista dos costumes, das ideias e da própria arquitetura, inclusive daquilo que entendemos como londrino e parisiense. Um dos grandes diferenciais do livro é que o autor não se ateve apenas às questões urbanísticas, indo além e sem deixar de lado, principalmente, a vida social e cultural dessas que são ainda hoje – tão distintas e complementares – duas grandes referências de capitais mundiais. O apurado trabalho de pesquisa fica patente tanto pela fluidez que o texto apresenta como pela escolha perspicaz das imagens contidas na obra. Ao final, contamos com notas e bibliografia selecionada que podem auxiliar valorosamente futuros estudos acerca da temática.
No contexto histórico de pós-revolução industrial e movimentos de ordem política que reconstruíram as relações tanto de poder como sociais, França e Inglaterra eram modelos de pujança econômica e também um caminho estético. O mundo via nelas um padrão seguro e até mesmo óbvio de progresso, sendo comum encontrarmos, em diversas localidades, bairros e configurações que nos remetem diretamente aos projetos londrinos e parisienses de concepção urbanística e mesmo de estilo arquitetônico.
Ao longo do livro somos presenteados com fatos surpreendentes sobre a relação entre Paris e Londres, ora próxima, ora distante, calcada na busca por serem grandes cidades não apenas para seus países e/ou continente, mas para o mundo que se transformava em ritmo vertiginoso. O inusitado também figura no livro, que conta histórias curiosas, como o fato de que Sherlock Holmes era, na verdade, francês, o cancã era inglês e o primeiro restaurante da Cidade Luz serviu comida inglesa em sua estreia. A obra, com potencial para agradar a leitores distintos e de interesses diversos, transita pela arquitetura, estética e história da cultura, traçando um panorama vibrante que faz jus à grandiosidade dessas que até hoje travam um duelo amistoso, porém incansável.
A historiadora e biógrafa Amanda Foreman tece de forma certeira sua impressão ao ler o livro, que recebeu críticas positivas tanto na Europa quanto nos Estados Unidos: “Este maravilhoso livro de Jonathan Conlin é um passeio fascinante por duas das maiores cidades do mundo. Com uma habilidade admirável e olhos de pintor, ele nos presenteia com uma riquíssima e intrincada malha de histórias e acontecimentos hipnotizantes”.
Sobre o autor – Jonathan Conlin é formado em História pela Universidade de Oxford e pós-graduado pela Universidade de Cambridge. Sua tese de doutorado foi sobre o início da história da National Gallery de Londres. Sua obra inclui os livros: The Nations Mantelpiece: a History of the National Gallery e Civilisation. Conlin é frequentemente convidado para falar sobre museus e também sobre questões mais profundas relacionadas ao patrimônio nacional no The South Bank Show, programa da rede de televisão ITV do Reino Unido, e no programa Today da rádio BBC, além de escrever para a revista britânica History Today.
Ficha técnica:
Preço: R$ 37,90
Páginas: 288
Editora: Autêntica
Formato: 16 × 23 cm
Acabamento: Brochura
ISBN: 978-85-8217-493-7
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