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Ensaios sobre estética de Danto analisam a relação entre filosofia e arte

“Em minha visão, a filosofia da arte é o coração da filosofia.” A afirmação é do filósofo e crítico de arte, Arthur C. Danto, um dos mais influentes estetas da atualidade, em O descredenciamento filosófico da arte, que chega agora ao Brasil pela Autêntica Editora, poucos meses após sua morte, em outubro de 2013. Aqui, seu foco é a relação entre a filosofia e a arte, abordando temas importantes da estética, tais como as relações nem sempre respeitosas da filosofia para com a arte, a interpretação das obras artísticas e a situação – assim como as perspectivas de sobrevivência – da arte no mundo contemporâneo.

A redação da maioria dos seus ensaios é imediatamente posterior à publicação de A transfiguração do lugar-comum – considerado por Danto seu principal livro de estética – e retoma, desenvolvendo-os, pontos considerados por ele ainda não suficientemente trabalhados. A relevância deste livro foi reconhecida pelo próprio filósofo numa mensagem pessoal ao tradutor Rodrigo Duarte: “O livro contém alguns dos meus ensaios mais centrais.”

A obra conta com nove ensaios do autor com diversos tópicos, abrangendo um olhar diferente a cada um, porém com o mesmo foco: a filosofia da história da arte. Com isso, Danto busca explicar o motivo pelo qual a arte tem uma história. Entre os textos, ganha destaque “O fim da arte”, no qual é discutida a filosofia que é revelada pela arte quando esta atinge o seu fim histórico. Ou seja, as obras de arte têm uma dimensão histórica ineliminável. Os ensaios seguintes tratam de algumas das mais importantes questões filosóficas concernentes às artes – autonomia, beleza, política, interpretação, expressão, incorporação e estilo –, mas a filosofia da história da arte de Danto permeia todas elas.

“O que é impactante na escrita de Danto é o quão substancial é o relacionamento entre sua filosofia e a arte que lhe é contemporânea”, afirma Jonathan Gilmore na apresentação da obra. “Não é apenas que a amplitude e a concretude dos exemplos dão vivacidade às suas discussões – um tipo de carne para o espírito – nem sempre encontrada na filosofia anglo-americana, mas que os seus ensaios podem ser lidos tanto como intervenções nas preocupações do mundo da arte contemporâneo quanto como as alegações filosóficas abstratas que eles expõem”, explica o professor de Filosofia da Arte e Estética da Columbia University.

Coube ao doutor em Filosofia pela Universidade de Kassel e presidente da Associação Brasileira de Estética (ABRE), Rodrigo Duarte, o desafio de traduzir toda a complexidade do pensamento de Danto, mantendo a qualidade literária do autor com uma variação linguística entre o erudito e o coloquial.

O descredenciamento filosófico da arte é o quarto título da série FilôEstética da Coleção Filô, que conta também com O belo autônomo, organizado por Rodrigo Duarte e que contém o artigo seminal de Danto “O mundo da arte”, e os livros Do sublime ao trágico, de Friedrich Schiller, e Íon, de Platão.

Sobre o autor – Arthur C. Danto (1924-2013) foi professor emérito de Filosofia da Universidade de Columbia e escreveu para as revistas The Nation, Punch Review e Artforum. Presidiu a American Philosophical Association e a American Society for Aesthetics. Lançou diversos livros sobre filosofia e sobre crítica de arte. Seu artigo “O mundo da arte”, incluído na coletânea O belo autônomo: textos clássicos de estética (Autêntica, 2012), é considerado um divisor de águas da filosofia da arte no século XX.

Para mais informações, entre em contato com nossa assessoria de comunicação pelo e-mail ou pelo telefone (31) 3465-4500 (ramal 207).

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