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Em “O luto entre clínica e política”, Carla Rodrigues reflete sobre os processos de perda

No lançamento da Autêntica, autora aborda a questão pela filosofia política, deslocando o luto de categoria clínica para categoria ético-política

“O percurso do processo de luto é marcado por idas e vindas – dias melhores, dias piores -, em que cada sujeito está tentando descobrir o que fazer com a perda, a falta e o vazio. O luto vai, volta, melhora, piora, avança, recua, flui, reflui. Estar de luto é estar em compasso de espera, ter paciência com a própria dor, aceitar a tristeza como parte da vida.”

Assim Carla Rodrigues, autora do recém-lançado O luto entre clínica e política – Judith Butler para além do gênero (Autêntica Editora/Grupo Autêntica, 224 págs., R$ 54,90) se refere aos sentimentos despertados pelas perdas, contrariando assim a ideia de “progresso” implícita nas expressões frequentemente usadas para falar sobre o assunto – processo, trabalho, elaboração, como se o único caminho possível entre o acontecimento e a retomada da vida dita normal fosse linear.

Em O luto entre clínica e política a autora se debruça sobre o tema, tomado como central na filosofia política de Judith Butler, deslocando-o de categoria clínica para categoria ético-política, sem abrir mão da interlocução com a psicanálise. O livro reúne textos elaborados entre 2018 e 2020, organizados em três partes.

A primeira, “Por que Judith Butler”, situa o leitor/a leitora na maneira como a autora lê Judith Butler, funciona como introdução e guia de leitura para o próprio livro. A segunda, “Luto e despossessão”, discute mais diretamente os aspectos políticos do modo como a filósofa estadunidense faz do direito ao luto um modo de crítica primeiro à biopolítica e depois à necropolítica. A terceira, intitulada “Encontros feministas”, retoma questões feministas que permanecem na obra de Butler.

Carla Rodrigues encerra o volume com o ensaio “Do início aos fins do luto”, em que aborda sua experiência pessoal, fazendo a articulação entre teoria e prática, entre ato e amor. O luto, operador central da articulação entre ética e política que a autora persegue na obra de Butler, é também trabalho de elaboração pessoal de suas perdas.

Afirma a professora Guacira Lopes Louro, no texto de orelha: “Vivemos um tempo especialmente marcado pelo luto. A pandemia de Covid-19 já provocou a morte de milhões de pessoas pelo mundo, centenas de milhares no Brasil. Uma imensa perda coletiva. Somos constituídos, irremediavelmente, por essas perdas e faltas. Somos ainda constituídos por suas memórias. Carla Rodrigues nos faz pensar também sobre tudo isso. Faz-nos refletir sobre a desigualdade na morte, ou melhor, sobre as vidas que merecem ser contadas e lamentadas, e aquelas que podem ser descartadas e perdidas; sobre quem tem e quem não tem direito ao luto. Não há como negar esse quadro desolador, ainda que alguns insistam. Partilhamos desse luto coletivo. Trata-se de reivindicar o direito de experimentá-lo.”

A AUTORA
Carla Rodrigues (Rio de Janeiro, 1961) é filósofa, escritora e tradutora. É professora de Ética no Departamento de Filosofia da UFRJ e pesquisadora no Programa de Pós-Graduação em Filosofia na mesma instituição. Desenvolve, com apoio da Faperj, o projeto “Judith Butler: do gênero à violência de Estado”, do qual esse livro faz parte. Coordena o laboratório Filosofias do Tempo do Agora, onde realiza pesquisas na intersecção entre Filosofia e Psicanálise.

Para mais informações, entre em contato com nossa assessoria de comunicação pelo e-mail ou pelo telefone (31) 3465-4500 (ramal 207).

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