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Chega às livrarias Imprensa feminina e feminista no Brasil: Século XIX – Dicionário Ilustrado

Lançamento da Autêntica coloca em foco a mídia impressa sobre a mulher

O Espelho Diamantino (1827-1828), O Despertador das Brasileiras (1830-1831), O Bello Sexo (1850-1851), Republica das Moças (1879), O Sexo Feminino (1873-1889), A Mulher (1881-1883), A Mensageira (1897-1900)… Esses são apenas alguns dos 143 títulos de revistas e jornais reunidos em Imprensa feminina e feminista no Brasil: Século XIX, de Constância Lima Duarte. O dicionário ilustrado surpreende não só pela multiplicidade de títulos, mas, principalmente, pelo volume e diversidade de informações sobre os periódicos que circularam de norte a sul do país e que tinham as mulheres como público alvo. Uma excelente oportunidade para conhecer um pouco mais da história da mulher brasileira na busca por seus direitos e na construção de sua identidade.

Os periódicos tratam da dicotomia existente na época quanto ao papel da mulher na sociedade. Alguns se empenharam em acompanhar a transformação dos tempos e impulsionar as mulheres para frente, defendendo que fossem respeitadas e tivessem o direito de frequentar as escolas e os espaços públicos. Já outros queriam que elas permanecessem estacionadas na ignorância e na dependência masculina, reiterando sua fragilidade e delicadeza, além da especificidade dos papéis sociais, e se limitavam a falar de moda, culinária e filhos.

O livro é resultado do desdobramento de anos de pesquisas realizadas por Constância Lima Duarte sobre a história das mulheres, a literatura de autoria feminina e o movimento feminista no Brasil. A autora examina detalhadamente uma parte do periodismo brasileiro, trazendo à luz a imprensa feminina, dirigida e pensada para as brasileiras, seja de autoria delas ou masculina, e também a feminista, que protestava contra a opressão e a discriminação e exigia a ampliação dos direitos civis e políticos das mulheres, procurando dar voz e vez a elas.

Ainda que a pesquisadora considere que os 143 jornais listados possam representar apenas a “ponta do iceberg” – pois outros podem ter existido e se perderam por falta de conservação –, o material reunido é extraordinário. O dicionário ilustrado é alimentado por fontes primárias raras ou de difícil acesso, que testemunharam momentos decisivos da luta das mulheres brasileiras e informavam sobre as transformações históricas e sociais daquele período. De conservadores a revolucionários, dedicados à militância ou ao passatempo, a pluralidade de temas em suas páginas é enorme: questões de gênero, literatura, educação, política, lazer, moda, humor, poesia, entre outros.

A primorosa edição da Autêntica traz fac-símiles e transcrições de textos dos jornais, organizados por ordem cronológica e de publicação, contando ainda com um índice alfabético remissivo para facilitar a consulta por título. Os verbetes contêm, sempre que possível, o nome do editor ou da editora, a cidade de origem, a tipografia, as datas do primeiro e do último número, a proposta editorial, o formato gráfico e a relação dos principais colaboradores e colaboradoras. Além disso, o livro traz também informações preciosas para estudantes, professores e pesquisadores do periodismo e da história intelectual da mulher, como a relação das fontes utilizadas pela autora, os exemplares examinados e sua localização, as referências bibliográficas, quando existem, notas explicativas no rodapé, a lista de acervos, arquivos e bibliotecas onde foi realizada a pesquisa e a relação da bibliografia consultada.

As leitoras e leitores de Imprensa feminina e feminista no Brasil certamente vão esperar com ansiedade o segundo volume sobre os jornais e revistas do século XX, que se encontra em fase de preparação e que, até o momento, já reúne cerca de 300 periódicos.

Quando as primeiras mulheres tiveram acesso ao letramento, imediatamente se apoderaram da leitura, que por sua vez as levou à escrita e à crítica. E independente de serem poetisas, ficcionistas, jornalistas ou professoras, a leitura lhes deu consciência do estatuto de exceção que ocupavam no universo de mulheres analfabetas, da condição subalterna a que o sexo estava submetido, e propiciou o surgimento de escritos reflexivos e engajados, tal a denúncia e o tom reivindicatório que muitos deles ainda hoje contêm. Mais do que os livros, foram os jornais e as revistas os primeiros e principais veículos da produção letrada feminina, que desde o início se configuraram em espaços de aglutinação, divulgação e resistência.
Constância Lima Duarte – Imprensa feminina e feminista no Brasil: Século XIX

SOBRE A AUTORA – Constância Lima Duarte é pesquisadora do CNPq, doutora em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo e mestre em Literatura Portuguesa pela PUC-RJ. Em 1996, aposentou-se pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e, em 1998, assumiu a Cadeira de Literatura Brasileira da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte. No pós-doutorado, realizado em 2002 e 2003 na UFSC e na UFRJ, desenvolveu o projeto “Literatura e Feminismo no Brasil: trajetória e diálogo”. Pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares da Alteridade (NEIA) e do Centro de Estudos Literários da UFMG, coordena os grupos de pesquisa Letras de Minas e Mulheres em Letras.

Serviço

Autora: Constância Lima Duarte
Preço: R$ 37,00
Páginas: 416
Formato: 16 × 23 cm
Acabamento: brochura
ISBN: 9788582178447

Arquivos

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