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Autêntica lança terceiro e último volume da Suma ateológica, de Georges Bataille

Em plena Segunda Guerra, Bataille “desnazifica” Nietzsche

Publicado em 1945, Sobre Nietzsche: vontade de chance é bem mais do que uma simples comemoração (com um ano de atraso) do centenário do filósofo. Bataille buscava ao mesmo tempo demonstrar o absurdo de uma interpretação nazista do pensador – daí o deslocamento da “vontade de potência” para a “vontade de chance” – e levar ainda mais longe sua experiência, tornar-se uma espécie de “super-Nietzsche”. A vontade de chance é uma vontade de se colocar inteiramente em jogo e leva Bataille a formular uma hipermoral, uma moral do ápice, em oposição à moral – cristã ou burguesa – do declínio.

Este terceiro volume da edição brasileira da Suma ateológica compreende também: uma compilação feita por Bataille de citações de Nietzsche, o Memorandum ; dois artigos: “A risada de Nietzsche” (1942) e “Zaratustra e o encantamento do jogo” (1959); e a “Discussão sobre o pecado”, em que Bataille defende as teses de seu livro diante de um auditório composto por padres, filósofos (entre os quais Jean-Paul Sartre, Jean Hyppolite e Maurice de Gandillac) e escritores.

Além desses textos, o leitor encontrará no volume as notas da edição francesa das Obras Completas de Georges Bataille , compostas basicamente pelos trechos do “diário de guerra” do escritor que tinham sido suprimidos do livro.

O cuidadoso trabalho de tradução, apresentação e organização foi realizado por Fernando Scheibe, um incansável estudioso de Georges Bataille, que tem doutorado em Teoria Literária pela UFSC – com tese sobre o conceito de soberania na obra do escritor francês – e é também tradutor de autores como César Aira, Stéphane Mallarmé, Moebius, Raymond Roussel, Georges Didi-Huberman, Michel Foucault e Alain Badiou, entre outros.

A Autêntica publica pela primeira vez no Brasil a edição completa da Suma ateológica . O primeiro volume, A experiência interior saiu em 2016 e o segundo, O culpado , no primeiro semestre deste ano. Os livros fazem parte da série Bataille da coleção Filô, dedicada a este autor que não respeita fronteiras disciplinares e habita uma espécie de lugar sem-lugar, verdadeiro paradigma para a compreensão de nosso tempo.

Sobre o autor: Georges Bataille (1897-1962) é considerado um dos maiores pensadores do século XX e produziu uma extensa e inclassificável obra que transita por vários domínios – literatura, filosofia, antropologia, economia, sociologia, história da arte e erotismo. Em 1928, publica História do olho sob pseudônimo. Entre 1929 e 1930, dirige, ao lado de Carl Einstein e Michel Leiris, a impossível revista Documents . Ainda no início dos anos 1930, redige para a revista La Critique sociale três textos fundamentais: A noção de dispêndio , O problema do Estado e A estrutura psicológica do fascismo . De 1936 a 1939, busca “fundar uma religião” nietzschiana da morte de Deus com a revista e, sobretudo, com a comunidade Acéphale. Com a guerra – e a doença – vem um período de recolhimento e intensa produção, escrevendo os livros que compõem A suma ateológica e sua narrativa mais conhecida: Madame Edwarda . Fundador da revista Critique em 1946, continua escrevendo ( A parte maldita, O erotismo, Lascaux ou o nascimento da arte, Manet, As lágrimas de Eros… ), pensando o impensável e vivendo o invivível até sua morte. Não por acaso, Foucault afirma: Bataille é “um dos escritores mais importantes de seu século”. E do nosso também.

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