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Autêntica lança nova edição de A literatura e o mal

William Blake, Sade, Kafka e outros sob o olhar de Georges Bataille

“A literatura é mesmo, como a transgressão da lei moral, um perigo. Sendo inorgânica, ela é irresponsável. Nada repousa sobre ela. Ela pode dizer tudo.” Georges Bataille analisa, ou melhor, potencializa a obra de oito consagrados autores que, de um modo ou de outro são atravessadas pelo mal, para desenvolver seu próprio pensamento sobre a vida, a morte e as contradições constitutivas do ser humano. A literatura e o mal é um livro magistral de filosofia camuflado em livro de crítica literária. Se a literatura pode dizer tudo, Bataille pode dizer muito dela e através dela neste lançamento da Autêntica Editora.

Os textos que compõem esta obra foram escritos ao longo de uma década: de 1946, ano de fundação da revista Critique, a 1957, ano de publicação do livro. Apesar disso, o livro possui inegavelmente uma arquitetura: abre-se com Emily Brontë – a mocinha vitoriana que nunca saiu da redoma de um presbitério, mas que soube, como ninguém, comunicar o mal – e se fecha com Jean Genet, que, segundo Bataille, por mais que tenha se entregado de corpo e alma ao mal, jamais foi capaz de comunicá-lo. No centro, William Blake e o Marquês de Sade – e com eles a Revolução Francesa. Para completar, ensaios no mínimo desconcertantes sobre Charles Baudelaire, Jules Michelet, Marcel Proust e Franz Kafka.

Este é um livro que oferece não apenas a oportunidade de entender melhor o pensamento de Bataille, mas que lança uma luz diferente (e intensa) sobre as obras desses escritores. São estudos que, de acordo com o próprio autor, correspondem ao seu esforço para “desentranhar o sentido da literatura”, que, segundo ele, não é inocente, é comunicação intensa e, portanto, Mal” (só lendo o livro para compreender a dimensão dessa afirmação), enfim, “é o essencial, ou não é nada”.

É interessante notar ainda que em dois textos (Baudelaire e Genet) Bataille polemiza abertamente com Sartre e que sua leitura de Kafka antecipa de maneira brilhante a famosa injunção de Deleuze e Guattari: Por uma literatura menor.

Esta publicação da Autêntica faz parte da série Filô Bataille, dedicada a este autor que não respeita fronteiras disciplinares e fornece elementos fundamentais para a compreensão de uma categoria maior do pensamento do século XX. Conheça no site www.grupoautentica.com.br os outros livros que compõem a série: O erotismo, Teoria da religião e A parte maldita Precedida de “A noção de dispêndio”. Já está sendo preparada para o próximo ano a publicação d’A suma ateológica, que compreende os livros A experiência interior, O culpado e Sobre Nietzsche.

A cuidadosa tradução foi realizada por Fernando Scheibe, um estudioso de Georges Bataille, e inclui os rascunhos e as variantes de outras versões dos textos em forma de notas e apêndices aos capítulos. Scheibe é doutor em Teoria Literária pela UFSC – com tese sobre o conceito de soberania na obra do escritor francês – e tradutor de outros livros de Bataille e de diferentes autores, como, Divagações de Stéphane Mallarmé, Locus Solus de Raymond Roussel, Ontologia do acidente de Catherine Malabou e A semelhança informe ou o gaio saber visual segundo Georges Bataille de Georges Didi-Huberman.

A literatura é comunicação. Ela parte de um autor soberano, para além das servidões de um leitor isolado, e se dirige à humanidade soberana. Se é assim, o autor nega a si mesmo, nega sua particularidade em proveito da obra, nega ao mesmo tempo a particularidade dos leitores em proveito da leitura. Georges Bataille – A literatura e o mal

Sobre o autor: Georges Bataille (1897-1962) produziu uma extensa e inclassificável obra que transita por vários domínios – literatura, filosofia, antropologia, economia, sociologia, história da arte e erotismo. Em 1928, publica História do olho sob pseudônimo. Entre 1929 e 1930, dirige a revista Documents, verdadeira máquina de guerra parassurrealista, antibretoniana. Ainda no início da década de 1930, redige para a revista Critique sociale três textos fundamentais: A noção de dispêndio, O problema do Estado e A estrutura psicológica do fascismo. De 1936 a 1939, busca “fundar uma religião” nietzschiana da morte de Deus com a revista e, sobretudo, com a comunidade Acéphale. Com a guerra – e a doença – vem um período de recolhimento em que Bataille escreve, além dos três livros que compõem A suma ateológica, sua narrativa mais conhecida: Madame Edwarda. No pós-guerra, continua fiel à exigência surrealista da mais completa insubmissão. Em 1949, aparece A parte maldita – ensaio de economia geral (pelo qual acreditava merecer o Prêmio Nobel da Paz). Ainda entre seus livros mais famosos estão O erotismo, A literatura e o mal e A experiência interior. Não por acaso, Foucault afirma: Bataille é “um dos escritores mais importantes de seu século”. E do nosso também.

Serviço

Autor: Georges Bataille
Série: Filô Bataille
Tradutor: Fernando Scheibe
Preço: R$ 43,00
Páginas: 200
Formato: 15,5 × 22,5 cm
Acabamento: brochura
ISBN: 9788582177938

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