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Dedicado ao tema da semiologia, obra coletiva estuda o discurso lacaniano no campo da psicopatologia
Este primeiro volume de Psicopatologia lacaniana , dedicado à semiologia, apresenta a retomada da psicopatologia associada a Jacques Lacan, psicanalista de sólida formação em psiquiatria e com vasta experiência clínica. A necessidade epistêmica desse recurso à psicanálise lacaniana para a refundação da psicopatologia deve-se à diluição da psicopatologia clássica nas últimas décadas.
De fato, a psicopatologia clássica se viu diluída em manuais meramente descritivos, como são as últimas versões do DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, na sigla em inglês), que almejam fornecer uma descrição pretensamente objetiva dos transtornos mentais, consubstanciada em protocolos prêt-à-porter . Tudo isso culminaria na demissão do pensamento e no esvaziamento da própria clínica. É essa situação que o presente livro pretende reverter, ao apresentar a necessidade epistêmica do discurso lacaniano sobre a psicopatologia.
Lançado pela Autêntica Editora, este livro é o resultado de uma experiência de escrita coletiva. Todos os capítulos foram debatidos por uma equipe de autores em diversas reuniões ocorridas em Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, ao longo de dois anos. A obra é dividida em capítulos que abordam a semiologia da percepção, da consciência, das funções do eu, do pensamento e da linguagem, da afetividade, da temporalidade e da especialidade, da inteligência, da memória, do caráter e da sexualidade, além de capítulos dedicados à entrevista psicopatológica, à objetivação da loucura e uma introdução histórica, que nos conduz da psiquiatria clássica à psicopatologia lacaniana.
De acordo com Ram Mandil, membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise, “Este livro contribui, de maneira decisiva, para que a clínica psicopatológica possa levar em conta o que se apresenta de incomparável no sofrimento humano e que escapa à inscrição no campo das estatísticas, seja pela singularidade do que afeta um ser falante, seja porque aquilo de que ele fala, bem como o que o faz falar, pode se manifestar por outras vias que não aquelas que hoje se legitimam sob o nome de ‘evidência’”.
Sobre os organizadores:
Antônio Teixeira é psicanalista e professor na UFMG, onde leciona no Departamento de Psicologia. É mestre em Filosofia Contemporânea pela UFMG e doutor em Psicanálise pela Universidade Paria 8. É autor de O topos ético da psicanálise (EdiPUCRS, 1999), A soberania do inútil (Annablume, 2007), entre outras publicações. Membro da Escola Brasileira de Psicanálise e da Associação Mundial de Psicanálise, é também conselheiro da Sociedade Internacional de Psicanálise e Filosofia.
Heloisa Caldas é psicanalista e Analista Membro da Escola (AME) da Escola Brasileira de Psicanálise (EBP) e da Associação Mundial de Psicanálise (AMP). Professora adjunta do Instituto de Psicologia da UERJ, é também docente em Programa de Pós-Graduação em Psicanálise da UERJ, doutora em Psicologia pela UFRJ e autora de Da voz à escrita: clínica psicanalítica e literatura (Contra Capa, 2007).
Para mais informações, entre em contato com nossa assessoria de comunicação pelo e-mail ou pelo telefone (31) 3465-4500 (ramal 207).
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