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Livro da Autêntica é uma excelente oportunidade de conhecer Mário de Andrade pelas mãos do amigo e jornalista Moacir Werneck de Castro

A ideia de Moacir Werneck de Castro foi reunir algumas impressões sobre o seu convívio no Rio de Janeiro, entre 1938 e 1941, com o autor de Macunaíma. Em Mário de Andrade: Exílio no Rio é possível não apenas entender como era múltipla a personalidade do escritor e esclarecer aspectos de sua obra, mas também penetrar na atmosfera da então capital da República, naqueles anos de Estado Novo e início da Segunda Guerra Mundial.

Para compor o livro agora relançado pela Autêntica, Moacir Werneck de Castro empreendeu um minucioso trabalho de pesquisa junto a diversas fontes e fez entrevistas com pessoas próximas a Mário de Andrade. Mais que expor fatos e acontecimentos, o texto, leve e saboroso, nos guia pelas entrelinhas dos escritos de Mário, pois é também fruto da sensibilidade de quem conviveu no dia a dia com o autor do verso “eu sou trezentos, sou trezentos e cinquenta”: “Era múltiplo, e como! Poucos expoentes da cultura brasileira reuniram tantos e tão variados títulos […]. Múltiplo na atividade intelectual e na complexidade dos aspectos de sua personalidade, que tiveram relevo diferenciado ao longo das várias fases de sua vida”, observa o biógrafo.

Moacir Werneck de Castro, um dos “moços do Rio”, jovens jornalistas que conviveram com Mário na Revista Acadêmica – “um grupo diversificado em matéria de tendências políticas e inclinações literárias, mas unido pela amizade e por uma comum repulsa ao fascismo” –, é cuidadoso ao tratar de temas considerados tabus, como a sexualidade do escritor: “Na raiz do drama existencial de Mário de Andrade jaz a angústia da sexualidade reprimida e transformada em difusa pansexualidade, que tudo permeia. (“EU TUDO AMO”… – diz num poema.) Essa angústia gera sem parar sofrimentos morais e, possivelmente, alguns males físicos que o acometeram em espantosa variedade nos últimos anos de vida”.

A narrativa reúne, além do testemunho pessoal de Werneck e o produto de suas pesquisas e entrevistas, uma interpretação particular que tenta esclarecer nuances da obra e da vida do escritor, procurando explicar o seu drama íntimo e desvendar aspectos de sua personalidade – “marcada por insuspeitados sofrimentos” – e suas posições político-ideológicas, que levaram a uma fase de intenso ânimo participativo naquele difícil contexto social e político.
Compõem a segunda parte do livro as cartas enviadas por Mário de Andrade a Moacir entre 1940 e 1944, após retornar a São Paulo do seu “exílio”. Para enriquecer o volume, o livro traz ainda notas explicativas ao final de cada capítulo e de cada carta e um índice onomástico.

Na noite da queda de Paris, bebemos juntos na Taberna da Glória. Noite soturna, de poucas palavras. Mário era o mais arrasado. Tendia a achar que tudo estava perdido no mundo para a liberdade e a cultura. Quanto aos jovens, só não estavam inteiramente sucumbidos porque se abrigavam numa esperança: historicamente o fascismo não podia vencer! Logo iríamos saber que, de Londres, um certo general De Gaulle conclamava os franceses à resistência: a França tinha perdido uma batalha, não a guerra. Mas o enigma da União Soviética, petrificada no acordo de não agressão com a Alemanha nazista, causava inquietação. Nosso amigo ficou tão desarvorado que por uns dias perdeu completamente a perspectiva. Moacir Werneck de Castro Mário de Andrade: Exílio no Rio

Sobre o autor:

Moacir Werneck de Castro (1915-2010) nasceu em Barra Mansa, RJ, mas foi criado em Blumenau, SC. Mudando-se para o Rio, cursou a Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual UFRJ. Destacou-se desde cedo no jornalismo, dedicando-se em particular a temas políticos, culturais e literários. Durante o Estado Novo, foi redator das publicações antifascistas Revista Acadêmica e Diretrizes. Participando ativamente da vida política e cultural de sua época, foi filiado ao Partido Comunista e, em 1955, fundou, com Jorge Amado e Oscar Niemeyer, a revista Paratodos – Quinzenário da Cultura Brasileira, que circulou até 1957. Além de jornalista e escritor, foi também enciclopedista e traduziu para o português autores como Gabriel García Márquez, Dostoiévski, entre outros. Sua convivência com Mário de Andrade, nos anos da juventude, motivou esta biografia.

Serviços:

Autor: Moacir Werneck de Castro
Preço: R$ 47,00
Páginas: 224
Formato: 16 × 23 cm
Acabamento: brochura
ISBN: 978-85-8217-856-0
Editora: Autêntica

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