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Vladimir Safatle publica edição revista de O circuito dos afetos pela Autêntica Editora

Obra finalista do prêmio Rio de Literatura discute o papel do afeto na filosofia e na política

O circuito dos afetos – Corpos políticos, desamparo e o fim do indivíduo chega com textos revistos e novo projeto gráfico pela Autêntica Editora. De autoria do filósofo e professor Vladimir Safatle, o livro, que teve sua primeira edição publicada pela Cosac Naify, discute a estrutura dos afetos na política em um momento no qual a realidade brasileira é marcada por uma explosão de afetos contraditórios e contrários.

O que realmente move uma sociedade? O que faz a roda da política girar? Por trás de leis, normas e regras existe algo a mais: circuitos de afetos. Medo, segurança, esperança, desamparo… são sentimentos específicos que nos fazem assumir certas possibilidades de vida a despeito de outras. Baseado nisso, Safatle propõe (re)pensar o que pode ser a tarefa política de “mudar de estado” ou o que leva uma experiência política a ser transformadora ou não. O circuito dos afetos é sobre política, mas não suas camadas mais superficiais, que estão estampadas diariamente nos jornais, e sim o que vai nas suas entranhas.

O objetivo central do livro é pensar as dinâmicas da ação social e da desconstituição de identidades, sejam individuais, sejam coletivas, a partir de uma teoria dos afetos. Dessa maneira, o autor busca explicitar a importância dos afetos para a política e para a vida em sociedade, se apoiando em questões abordadas pela filosofia francesa que repercutem no pensamento sobre a política, as artes e a moral.

A obra é composta por cinco linhas de força. A primeira trabalha a articulação entre afetos políticos e corpo social. A segunda diz respeito ao destino da categoria de indivíduo e seu fim necessário. As duas seguintes estão ligadas ao uso da noção de reconhecimento e às condições para a emergência de sujeitos políticos. Enquanto a última, com base na tradição dialética, busca pensar movimentos de transformação estrutural da experiência e de seu campo. O autor ressalta que foi inicialmente necessário apelar ao pensamento psicanalítico para recolocar certos problemas políticos fundamentais em outro plano. A partir daí, segundo ele, “se seguiu a necessidade de repensar a corporeidade do vínculo social e sua dinâmica de afetos a fim de nos livrarmos de algumas ilusões e problematizações incorretas próprias de teorias da democracia hegemônicas”.

No posfácio do livro, o psicanalista Marcus Coelen avalia que “Safatle demonstra uma ligação profunda com a tradição filosófica no que concerne à paixão e ao afeto. Mas também radicaliza essa tradição ao suprimir todo conjunto organizado de paixões, que inevitavelmente os moralizaria e normativizaria, ao apresentar o desamparo como, de certa forma, o conceito para a afecção fundamental”.

Para Safatle, o livro “é uma tentativa de recuperar uma tradição, que vem de Hobbes, Spinoza, e possui a questão dos afetos como algo central para se compreender a natureza dos vínculos sociais e políticos”. O também autor de A esquerda que não teme dizer seu nome (2012) e Grande Hotel Abismo (2012), entre outros, articula problemas ligados à psicanálise e à filosofia contemporânea para a compreensão da natureza desses vínculos.

Não será com os mesmos corpos construídos por afetos que até agora sedimentaram nossa subserviência que seremos capazes de criar realidades políticas ainda impensadas. Mais do que novas ideias, neste momento histórico no qual a urgência de reconstrução da experiência política e a necessidade de enterrar formas que nos assombram com sua impotência infinita se fazem sentir de maneira gritante, precisamos de outro corpo. Para começar outro tempo político, será necessário inicialmente mudar de corpo. Pois nunca haverá nova política com os velhos sentimentos de sempre.
Vladimir Safatle – O circuito dos afetos

Sobre o autor: Vladimir Safatle nasceu em Santiago do Chile em 1973. Formado em Filosofia pela Universidade de São Paulo, é mestre em Filosofia pela mesma universidade, com dissertação sobre o conceito de sujeito descentrado em Jacques Lacan, sob a orientação de Bento Prado Júnior. Doutorou-se em Filosofia pela Universidade de Paris VII com tese sobre as relações entre Lacan e a dialética, sob a orientação de Alain Badiou. Professor livre-docente do Departamento de Filosofia da FFLCHE-USP, onde leciona desde 2003, foi professor convidado nas universidades de Paris VII, Paris VIII, Toulouse, Louvain, além de fellow do Stellenboch Institute of Advanced Studies (STIAS) e responsável por seminários no Collège International de Philosophie. É um dos coordenadores do Laboratório de Pesquisas em Teoria Social, Filosofia e Psicanálise (Latesfip/USP), juntamente com Christian Dunker e Nelson da Silva Júnior, e membro do conselho diretivo da International Society of Psychoanalysis and Philosophy.

Serviço

Autor: Vladimir Safatle
Preço: R$ 59,90
Páginas: 360
Formato: 16 × 23 cm
Acabamento: brochura
ISBN: 978-85-8217-871-3
Editora: Autêntica

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