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Saiu no Impulso HQ: “A Trilogia Nikopol”

05/05/2012 — Floreal Andrade, do Impulso HQ

“Há no trabalho de Enki Bilal algo da força alucinógena de Willians Burroughs…”. É assim que Yann Moulier Boutang nos apresenta as HQs de Enki Bilal “A Feira dos Imortais”, “A mulher Armadilha” e “Frio Equador”, que foram compiladas no luxuoso álbum A Trilogia Nikopol, recente lançamento da Editora NEMO.

Para quem não sabe, ele está citando o escritor beat que criou os “cutups”, prática que consiste em reunir tudo que ele achava relacionado ao seu livro. E quando digo tudo, é tudo mesmo, valia desde recortar artigos de jornais ou revistas, até fotos de lugares que lembravam o seu texto. Todo esse material era recortado e colado na página do seu escrito.

Nas palavras do próprio escritor: “Faço uma porção de exercícios naquilo que chamo de viagem no tempo, tomando coordenadas, tal como o que fotografei no trem, o que estava pensando naquele momento, o que estava lendo e o que escrevi. Tudo isso para ver o quanto eu consigo me lançar de volta, completamente, naquele determinado ponto do tempo.”

Tudo isso foi explicado para que você entenda o clima das histórias que você vai encontrar nesse belo álbum de quadrinhos, que agora chega a nossas mãos em sua versão completa, como muito bem lembrado na divulgação do álbum, no Brasil só foram lançadas nos anos 1980, as duas primeiras partes “Os Imortais” e a “Mulher Enigma”.

Bilal cola panfletos, textos de jornais e até um encarte de um jornal para narrar a história, com desenhos extraordinários, repletos de detalhes e uma colorização manual no mesmo nível. A possibilidade de finalmente os leitores brasileiros lerem a última parte da saga, “Frio Equador”, fica evidente como nos quadrinhos de Bilal se fala sobre tudo: política, religião, terrorismo, viver, amar, morrer ou ser imortal.

Interessante notar também outras referências como o ambiente: uma terra futurista com prédios sujos e quebrados, que segundo o autor, o lembram a Belgrado pós-guerra em que ele nasceu e cresceu (ele foi morar em Paris quando tinha 9 anos em 1960).

Vale a pena acompanhar as aventuras e desventuras de Jill Bioskop e Alcide Nikopol, que segundo Bilal “…eles tem suas as raízes em mim, eles são parte de mim que foram empurradas até os seus limites. Eles vieram de mim, mas eles não são eu”. Tem como essa frase não deixar um álbum interessante?

Um dos melhores lançamentos do ano. Edição impecável.

Para mais informações, entre em contato com nossa assessoria de comunicação pelo e-mail ou pelo telefone (31) 3465-4500 (ramal 207).

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