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História da “consciência histórica” ocidental contemporânea analisa a tensa relação entre filósofos e historiadores

25/05/2011 — ADCom Comunicação

Partindo dos textos de Hegel, Nietzsche e Ricoeur, José Carlos Reis mostra que a História e a Filosofia não são antagônicas, mas sim complementares.

História da “consciência histórica” ocidental contemporânea – Hegel, Nietzsche e Ricoeur procura desfazer o mal-entendido entre filósofos e historiadores e se dirige a ambas as comunidades procurando estender pontes, conectar, promover o diálogo entre pesquisadores que, mesmo sem querer, estão permanentemente em contato. A obra será lançada no dia 28 de maio, sábado, às 10h, na Livraria Quixote, Rua Fernandes Tourinho, 274, na Savassi, em Belo Horizonte/MG.

O livro trata de obras de filósofos sobre a história e interessará aos historiadores contemporâneos, que compreenderão que sempre fizeram a sua pesquisa dentro dos quadros conceituais construídos por Hegel, Nietzsche, Ricoeur e outros filósofos.

Na obra é abordado o período histórico europeu que vai de 1789 a 1989, uma época revolucionária, intensa, que gerou reflexões extremamente sofisticadas sobre si mesma, pensamentos que transformaram a vida e se tornaram históricos.

Segundo José Carlos Reis, “o diálogo entre historiadores e filósofos raramente foi sereno. Este livro se dirige a ambas as comunidades para promover o diálogo entre pesquisadores que, mesmo sem querer, estão sempre em contato. O historiador é um ‘pensador da história’ e não apenas um registrador de fatos; o filósofo não é um construtor de castelos de cartas, é um guia da práxis. Historiadores e filósofos, juntos, elaboram a “consciência histórica possível” de sua época. Neste livro, filosofia e história serão unidas em torno da História da “Consciência Histórica” Ocidental Contemporânea, que põe em questão a identidade da Europa.” E o autor completa propondo ao leitor questões presentes no livro: “Como separar a filosofia hegeliana da Revolução Francesa e do projeto alemão de unificação nacional? Como separar o ‘pensamento antihistórico’ de Nietzsche do projeto da Alemanha de se expandir pela Europa? Como separar o pensamento de Paul Ricoeur da turbulência histórica do século XX?”

O primeiro capítulo, “A consciência histórica ocidental pós-1879: Hegel e a legitimação da conquista européia do planeta – a derrota do projeto francês”, é dedicado à interpretação da obra menos exaltada de Hegel até a mais marginal. No segundo capítulo, “A consciência histórica ocidental pós-1871: Nietzche e a legitimação da conquista europeia do planeta – o projeto alemão” o autor mergulha em outro dos mais belos livros de um filósofo sobre a história: “A segunda consideração intempestiva, da utilidade e desvantagens da história para a vida” (1874). O terceiro capítulo, “A consciência histórica ocidental pós-1989: Paul Ricoeur e a vitória do projeto anglo-americano de conquista da ‘comunidade europeia’ e do planeta”, entra na obra-labirinto Tempo e narrativa (1983/85) e procurar decifrar o novo manifesto histórico-político para o mundo europeu pós-1989, pós-Guerra Fria, o mundo da vitória global e planetária do capitalismo ocidental.

O objetivo é abrir um processo jurídico sobre o pensamento filosófico-histórico que orientou as ações europeias e ocidentais. Tendo, assim, papel semelhante ao da promotoria pública nos tribunais, pois coloca Hegel, Nietzsche e Ricoeur no banco dos réus do pensamento histórico, levando a julgamento as grandes obras intelectuais que justificaram e orientaram a ideia de uma história universal única, à qual deram o nome de “processo civilizador”, mesmo considerando-o violento, racista, usurpador de espaços geográficos, concentrador de riquezas alheias, indiferente aos direitos humanos, depredador de ecossistemas e predador de homens, animais e vegetais.

José Carlos Reis é historiador e filósofo, licenciado em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (1981), mestre em Filosofia (1987), licenciado e doutor em Filosofia pela Université Catholique de Louvain (Bélgica, 1992), pós-doutor pela École dês Hautes Études en Sciences Sociales (Paris, 1997), pós-doutor pela Université Catholique de Louvain (Bélgica, 2007). Atualmente é professor associado do Departamento de História da UFMG. Além de artigos em revistas especializadas de história e filosofia, já publicou os seguintes livros: Nouvelle Histoire e o tempo, histórico: a contribuição de Febvre, Bloch e Braudel (Annablume, 2008), História, a Ciência dos Homens no Tempo (Eduel, 2010 [Papirus, 1994]), Escola dos Annales, a inovação em história (Paz e Terra, 2000), As identidades do Brasil, de Varnhagen a FHC (FGV, 9. ed. 2007), Wilhelm Dilthey e a autonomia das ciências histórico-sociais (Eduel, 2003), História & teoria: historicismo, modernidade, temporalidade e verdade (FGV, 2003) e o livro A História entre a Filosofia e a Ciência, pela Autêntica Editora, em 2004.

Para mais informações, entre em contato com nossa assessoria de comunicação pelo e-mail ou pelo telefone (31) 3465-4500 (ramal 207).

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