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Estado de Minas publica matéria sobre Leda Nagle: "Especialista na arte da boa conversa"

29/05/2010 — Carlos Herculano Lopes, Jornal Estado de Minas

A jornalista Leda Nagle reuniu em seu novo livro, lançado em BH, entrevistas do programa Sem censura

Uma das atrações da 2ª Bienal do Livro de Minas, que terminou domingo em Belo Horizonte, foi a presença da jornalista Leda Nagle, que conversou com o público e lançou o livro De Minas para o mundo – Levando Minas no gesto e no coração (Editora Autêntica). Nele estão reunidas dezenas de entrevistas que, em épocas diversas, foram feitas pela jornalista no programa Sem censura, hoje transmitido pela TV Brasil. Do ex-presidente Itamar Franco ao escritor Fernando Sabino, passando por Ana Carolina, Ronaldo Fraga, Ivo Pitanguy, Milton Gonçalves, Vander Lee e Wagner Tiso, entre outros, mineiros de várias gerações foram entrevistados por Leda Nagle, que com sua experiência, adquirida em anos de profissão, tem o dom de deixar seus convidados à vontade. “Gosto muito de estúdio de televisão, daquele clima tenso, daquela voz ameaçadora que diz: ‘Trinta segundos, vai entrar’. É nesse momento que sinto uma calma franciscana descendo sobre mim”, confessa.

Foi esse clima, captado com sabedoria nos instantes que dura cada entrevista, que Leda conseguiu trazer para o livro, nascido de conversas que, ao longo de 30 anos de trajetória do programa, ela teve com centenas de pessoas no Sem censura. A escritora Adélia Prado, avessa a entrevistas, confessou à apresentadora que, se não tivesse nascido em Minas, provavelmente, escreveria de outro jeito. “Somos devedores da paisagem geográfica e psíquica que escutou nosso primeiro choro. Morei fora quando me casei, mas não tivesse sossego enquanto não voltei”, disse a autora de Bagagem.

Outra que abriu seu coração para Leda Nagle foi a cantora Clara Nunes, mineira de Caetanópolis. Falecida no Rio em 1983, no auge da carreira, Clara Nunes disse a Leda que uma de suas grandes tristezas eram os três filhos que já havia perdido. “É uma coisa que nem gosto de lembrar, porque me emociona muito. Mas é a vida…”, disse a cantora.

Jeito mineiro Num capítulo à parte, “Mineiras palavras”, o livro traz depoimentos sobre o “jeito mineiro de ser” de muitos filhos da terra, alguns adotados, como foi o caso do jornalista Chico Pinheiro, que nasceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, mas se mudou ainda criança para Belo Horizonte. “Acho que a calma é a principal característica que o jeito mineiro me deixou. Vou ficando cada vez mais mineiro com o passar do tempo”, disse. Já para Alexandre Massau, vocalista do grupo Cidade Negra, que é de Belo Horizonte, ser mineiro “é ser paciente, observador, acolhedor, bom de prosa para todas as circunstância da vida”.

Nascida em Juiz de Fora e morando há anos no Rio, Leda Nagle tem sua definição pessoal de mineiridade. “Somos um tipo esquisito ou especial. No mínimo, diferente. E isso vale para homens e mulheres. Arredios, quase sempre desconfiados, não acreditamos em almoço grátis.” Autora ainda de outro livro de entrevistas, Com certeza: Leda Nagle, melhores momentos, lançado pela Editora Agir, a jornalista viveu em BH no início dos anos 1960, quando aprendeu, segundo ela, a gostar do Atlético com o escritor Roberto Drummond.

Para mais informações, entre em contato com nossa assessoria de comunicação pelo e-mail ou pelo telefone (31) 3465-4500 (ramal 207).

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