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Tradução de célebres textos de Clérambault evidencia o estudo e a paixão do psiquiatra pelos tecidos

13/03/2012 — Assessoria de Comunicação - Pluricom

Expressão usada pelo psiquiatra Gatian de Clérambault (1872-1934) ao se referir ao ruído obtido ao amassar o pano com as mãos, O grito da seda, lançamento da Autêntica Editora, reúne dois famosos textos do autor, de 1908 e 1910, ambos nomeados Paixão erótica dos tecidos na mulher, em que o psiquiatra relata casos de pacientes diagnosticadas como “fetichista dos tecidos”. Acometidas desta patologia, essas mulheres eram presas por roubarem peças de pano, especialmente veludo e seda, para satisfazerem seus desejos. Os textos traduzidos por Tomaz Tadeu são complementados por dois ensaios do estudioso espanhol José María Álvarez que contextualiza a atuação e o método utilizado pelo médico e pelo artigo de Danielle Arnoux, sobre a contribuição dada por Clérambault ao estudo das roupas drapeadas.

Os textos de Gaëtan Gatian de Clérambault são relacionados ao local onde trabalhou a maior parte da sua vida, a ala psiquiátrica da Enfermaria Especial da Chefatura de Polícia de Paris. Para lá eram enviadas das delegacias, prisões e ruas parisienses, pessoas intoxicadas, alucinadas, perseguidas e agressivas que eram meticulosamente estudas pelos psiquiatras.

A publicação contrapõe os dois lados de Clérambault, expondo não somente os anos dedicados aos estudos do novo tipo de fetichismo descoberto, mas também a curiosa paixão do psiquiatra pelos tecidos, tendo fotografado e se tornado um estudioso da roupa drapeada dos povos árabes, sobretudo no Marrocos.

De acordo com José María Álvarez, a obra de Clérambault se destaca: “por uma marca inequívoca: um estilo fulminante, conciso, extremamente preciso, salpicado de neologismos, aos quais recorria quando o vocabulário existente lhe parecia insuficiente”.

Sobre o autor – Clérambault nasceu em Bourges, na França. Em 1920 foi nomeado médico-chefe da Enfermaria Especial da Chefatura de Polícia de Paris. Sua obra pode ser dividida em cinco blocos: os delírios coletivos, os delírios tóxicos e os transtornos mentais consecutivos, as intoxicações crônicas, a epilepsia, as psicoses passionais, e o automatismo mental. Teve como aluno o grande psiquiatra francês Jacques Lacan, que chamava Clérambault de seu “único mestre”.

Sobre o tradutor – Tomaz Tadeu é Ph. D. em Educação pela Stanford University (1984). Foi professor do Programa em Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É autor de diversos livros e tradutor de obras clássicas como Ética, de Spinoza, O Pintor da Vida moderna, de Charles Baudelaire, da qual também assina a concepção e organização com Jérôme Dufilho, Meu coração desnudado, de Charles Baudelaire, Manual do dândi – A vida com estilo, de Charles Baudelaire, Honoré de Balzac e Barbey d’Aurevilly, Alfabeto, de Paul Valéry, Rabiscado no teatro, de Stéphane Mallarmé, Peter Stallybrass, Os últimos dias de Immanuel Kant, de Thomas De Quincey, O panóptico, de Jeremy Bentham, da qual também foi o organizador, e Mrs Dalloway, de Virgínia Woolf, sua mais recente tradução.

Sobre a Coleção Mimo – Esta coleção é feita de pequenas, deliciosas e delicadas jóias raras. Composta de obras clássicas e de belos textos, organizados e traduzidos por Tomaz Tadeu, a Coleção possui títulos consagrados e não à toa recebe o título Mimo. Para o organizador, “um mimo é um dom. Uma dádiva. Um agrado. Uma graça. Um mimo não é nada. Mas pode ser muito. Não tem cálculo. Nem intento. Não é pensado. E, contudo: escolhido a dedo. Um mimo é generoso, gentil, delicado. Uma jóia rara. São livros desejáveis. Bons de se ver e de tocar. Com textos que descem bem, como um bom vinho tinto. Bons pra degustar.” Vários dos títulos acima integram a coleção.

Para mais informações, entre em contato com nossa assessoria de comunicação pelo e-mail ou pelo telefone (31) 3465-4500 (ramal 207).

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