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Saiu na Mídia - A Gazeta/ES - "Rebeldes com causa"

28/04/2010 — Gustavo Cheluje, Jornal A Gazeta

Gustavo Cheluje, 22/04/2010

A imagem de James Dean, com sua camiseta branca, cabelo armado e calça jeans, no filme “Juventude Transviada” (1955), entrou para a história. Até hoje, o personagem que eternizou o galã americano é visto como um símbolo de rebeldia da juventude, a fase mais complexa da vida e repleta de descobertas, ideologias e construções de identidade.

Fascinada pela complexa realidade juvenil, a sétima arte conseguiu explorar o tema com brilhantismo em filmes como “Os Esquecidos” (1950), de Luis Buñuel, “Elefante” (2003), de Gus Vant Sant, e “Delicada Relação” (1996), de Hettie MacDonal. Esses e outros títulos pontuam o livro “A Juventude vai ao Cinema” (Editora Autêntica), coletânea de Inês Assunção Castro Teixeira, José de Souza Miguel Lopes e Juarez Dayrell.

Em 224 páginas, a obra usa textos críticos, citações e elementos da psicanálise para avaliar 12 filmes que contêm uma espécie de debate sobre as inquietudes, indagações e esperanças que moveram jovens em várias partes do mundo e em épocas distintas.

Não à toa, o primeiro longa analisado é “Os Esquecidos”, considerado a obra-prima de Luis Buñuel. Na trama, que se passa nos subúrbios da Cidade do México, um grupo de jovens delinquentes passa os dias cometendo pequenos roubos.

Para construir o filme, o realizador visitou locais onde viviam adolescentes relegados ao risco social, onde o realismo da miséria confronta-se com o amadurecimento precoce e a violência dos grandes centros urbanos. Sem dúvida, a obra influenciou todos os trabalhos posteriores do cineasta, em especial “O Discreto Charme da Burguesia” (1972).

Violência

Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 2003, “Elefante”, de Vant Sant, outro título em destaque no livro, representa o ápice na carreira de um cineasta que dedicou o seu trabalho para discutir o comportamento heterogêneo do jovem moderno, vide o sucesso de “Garotos de Programa” (1991) e “Paranoid Park” (2007).

Nos textos destinados a “Elefante”, que mostra um massacre proposto por dois adolescentes em uma escola de Portland (EUA), numa clara metáfora à tragédia da cidade de Columbine, em 1999, é dissecado o que a sociologia do pensador polonês Zygmunt Bauman chama de “tempos líquidos”, época em que, na vida dos jovens, impera a aparência, a incerteza e a imprevisibilidade.

O espaço dedicado a “Juventude Transviada”, em que James Dean encarna o rebelde viciado em álcool que se envolve com uma moça que tenta fugir de casa, vivida por Natalie Wood, faz jus à obra-prima de Nicholas Ray.

Em questão, a forte influência da trama – uma sensível história reflexiva sobre as angústias e os sentimentos vividos pelos jovens da metade do século XX – sobre o comportamento da juventude atual.

O livro cita filmes como “Easy Rider – Sem Destino” (1969) e “Hair” (1979), como “filhos” diretos de “Juventude Transviada”, além de afirmar que ícones como os Beatles, Jimi Hendrix e os Rolling Stones seguem o comportamento sexo, drogas e rock n?roll propostos no mítico longa de James Dean.

Não deixe de ler

Inês Teixeira, José Lopes e Juarez Dayrell – A Juventude Vai ao Cinema

Editora Autêntica. 226 páginas. Preço: R$ 49

Filmes citados na obra disponíveis em DVD

Os Esquecidos. (Los Olvidados, México, 1950). O que é: nos subúrbios da Cidade do México, um grupo de jovens delinquentes passa os dias cometendo pequenos roubos. Por que ver: pela visão sociológica proposta pelo mestre Luis Buñuel

Para mais informações, entre em contato com nossa assessoria de comunicação pelo e-mail ou pelo telefone (31) 3465-4500 (ramal 207).

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