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05/06/2009 — Assessoria de Comunicação
A história ou a leitura do tempo, de Roger Chartier, trata com legitimidade a tensão entre a forma retórica e a narrativa da história, de seu estatuto de conhecimento comprovado e da relação entre o lugar social que a história como saber se produz. Um dos mais conhecidos historiadores da atualidade, o francês Chartier tem obras publicadas em vários países, sempre provocando reflexões sobre a leitura, o livro e a história.
Três problemáticas norteiam A história ou a leitura do tempo: a concorrência para a representação do passado entre história, literatura e memória; as possibilidades e os efeitos da comunicação e da publicação eletrônicas sobre a investigação e a escritura históricas e, por fim, a constituição da relação entre as experiências do tempo e a construção do relato histórico.
Para Chartier, a especificidade da história é sua capacidade de distinguir e articular os diferentes tempos que se acham superpostos em cada momento histórico, e, depois de debruçar-se sobre a relação entre história, ficção, memória e saber histórico – dialogando com nomes como Paul Veyne, Hayde White e Michel de Certeau –, ele afirma: “fato é que a leitura das diferentes temporalidades que fazem que o presente seja o que é, herança e ruptura, invenção e inércia ao mesmo tempo, continua sendo a tarefa singular dos historiadores e sua responsabilidade principal para com seus contemporâneos”.
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