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Sai segunda edição de "O PANÓPTICO"

03/11/2008 — Assessoria de Comunicação

A reedição de O Panóptico, clássico de Ciências Humanas e Sociais, apresenta a tradução para o português, feita a partir do original em inglês, das cartas que constituem o principal texto de Jeremy Bentham. Atemporal e ao mesmo tempo universal, essa obra, organizada por Tomaz Tadeu, mostra como o homem pode ser refém de sua mente e de seus temores, além de permitir ao leitor uma percepção crítica das relações de poder em diversos contextos. A novidade fica por conta do novo formato da publicação e também do novo projeto gráfico. Obra consagrada, O Panóptico caracteriza-se por sua riqueza interdisciplinar.

O texto de Bentham refere-se ao projeto de um dispositivo de vigilância que prevê que os vigiados devem, de modo progressivo e automático, comportar-se como se fossem observados, mesmo que isso não esteja ocorrendo. Assim podemos definir “panóptico”, como uma estratégia pensada para um sistema penitenciário que poderia ser concebido também em instituições como hospitais, fábricas e escolas e que acaba por contribuir para o amadurecimento de um poder pautado pela disciplina. É em sua conotação, entretanto, seu maior apelo: trata-se de um mecanismo que se articula com conceitos como poder e medo.

Durante muito tempo, a principal fonte de conhecimento sobre O Panóptico estava reduzida ao capítulo de Vigiar e punir que Foucault havia dedicado à sua análise. Foucault vê o panóptico como um microcosmo idealizado da sociedade do século XIX, na qual a disciplina tornou-se institucionalizada nas escolas, nos hospitais, nas prisões e nos asilos, mediante uma sujeição internalizada que era inculcada por meio da vigilância. A questão do poder é profundamente discutida na obra foucaultiana, bem como estratégias de normalização de conduta, o que deixa claro o diálogo que existe entre O Panóptico e a obra de Foucault.

Com a passagem da sociedade disciplinar para a sociedade de controle, a vigilância deixa de se dar pela presença do observador e passa a ser concebida pela idéia de poder horizontal e impessoal, passando a condizer com uma nova realidade que conformava a sociedade, cada vez mais interconectada, globalizada e com novas noções de espaço, comunicação e informação. As pessoas interessadas em ampliar o entendimento sobre o panóptico e a obra de Bentham têm, agora, à sua disposição, neste livro, um valiosíssimo material de consulta. A publicação se enriquece com a inclusão de dois ensaios fundamentais, escritos por duas pessoas referências em suas respectivas áreas: Jacques-Alain Miller e Michelle Perrot. O ensaio de Jacques-Alain Miller, “A máquina panóptica de Jeremy Bentham”,foi originalmente publicado na revista Lugar, nº 8, 1976. Michelle Perrot, por sua vez, nos proporciona com o texto “O inspetor Bentham”, um interessantíssimo perfil pessoal e intelectual de Jeremy Bentham.

Para mais informações, entre em contato com nossa assessoria de comunicação pelo e-mail ou pelo telefone (31) 3465-4500 (ramal 207).

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