Robert Bryndza, o criador de Erika Foster, responde perguntas do blog

Robert Bryndza - Publicado na categoria Entrevistas em 14/11/2018


O autor da série de livros que narra as “aventuras” da detetive Erika Foster em Londres respondeu algumas perguntas do blog. Leia a entrevista completa abaixo.

BLOG: Erika Foster é uma personagem feminina muito forte em um ambiente de trabalho dominado por homens. De onde veio a inspiração para criar uma detetive tão determinada?

ROBERT BRYNDZA: Erika Foster foi baseada em uma amiga minha, que é eslovaca. As personagens Clarice Starling, de O silêncio dos inocentes, e Jane Tennison, de Prime Suspect, também serviram de inspiração.

BLOG: Ao longo dos três primeiros livros da série, descobrimos que a detetive Foster tem um passado trágico. Como grandes fãs que somos, torcemos para que ela não apenas supere esse trauma mas também conquiste a promoção que merece. O que podemos esperar para a personagem em O último suspiro?

RB: O livro já começa com um assassinato, com um sujeito sinistro desovando o corpo de uma jovem em uma caçamba de lixo; esse é o pontapé inicial de toda a ação! Erika foi afastada da Equipe de Investigação de Assassinatos e isso está acabando com ela. Então, ao melhor estilo Erika, ela dá um jeito de se tornar a Investigadora Chefe do caso, com o privilégio de escolher sua equipe. E, é claro, ela escolhe Moss, Peterson, Crane e John McGorry entre outros agentes.
O assassino usa redes sociais para atrair e enganar as belas mulheres que ele tortura e depois mata. A trama logo nos revela sua identidade, o que nos permite entender o funcionamento de sua mente. O suspense vai ficando cada vez mais eletrizante à medida que a equipe corre contra o tempo para capturar o assassino antes que ele faça outra vítima.

BLOG: As cenas de crimes nos seus livros são tão cheias de detalhes que, quando lemos, parece que estamos lá com os personagens. Como é o seu processo de pesquisa para os livros?

RB: Eu pesquisei a fundo a estrutura da polícia metropolitana do Reino Unido, já que a série é ambientada em Londres. Também li muitas pesquisas e trabalho com um oficial aposentado que me ajuda a escrever sobre a polícia de maneira verossímil. Em qualquer obra de ficção, é bem difícil achar o equilíbrio entre autenticidade e satisfação dramática. Se você simplesmente transcrever toda a pesquisa que fez para as páginas, corre o risco de tornar a narrativa seca e entediante, mas se cometer um erro ou colocar uma informação errada, todo mundo vai perceber. Também ajuda o fato de que moro em Londres há 13 anos e conheço muito bem as áreas sobre as quais escrevo.

BLOG: Seus livros já venderam mais de 2 milhões de cópias em todo o mundo e te colocaram entre os grandes nomes do gênero. Você sempre quis ser um escritor?

RB: Sim, desde muito pequeno, mas nunca imaginei que realmente poderia viver da escrita, então, quando tinha uns 20 anos, segui um plano B e cursei artes cênicas em Londres e comecei a trabalhar como ator. Uma das minhas lembranças mais antigas é do meu pai contando histórias para minha irmã e para mim. Nas manhãs de sábado e domingo, nós íamos ao quarto dos meus pais levando chá e biscoitos, nos sentávamos aos pés da cama e ficávamos ouvindo suas histórias. E ele não as lia de um livro, ele as inventava e eu ficava maravilhado com todas elas. Até hoje me lembro particularmente de uma que era sobre os pássaros que faziam ninhos embaixo do beiral da nossa casa. Ele criava todos os personagens, como em uma novela, e nas manhãs de sábado sempre interrompia a narrativa com um suspense que seria resolvido no domingo! Acho que foi aí que uma faísca se acendeu na minha mente. Ao constatar o poder de uma história bem contada, quis me tornar parte disso.

BLOG: Os thrillers têm uma base de fãs muito sólida e qualquer um que lê os livros de Erika Foster fica obcecado por ela! O que você acha que ela tem que é tão cativante para os leitores?

RB: Eu não sei. Mas espero ter escrito uma personagem com a qual os leitores se identificam. Acho que é porque Erika sempre está do lado do bem. Ela luta pelo que é certo, mesmo que isso signifique fazer grandes sacrifícios. Também creio que a vida trágica que ele teve desperta empatia e os leitores torcem para que ela a supere e seja feliz.

BLOG: Os dois últimos livros da série – Cold Blood e Deadly Secrets – serão lançados em breve no Brasil. O que você pode nos adiantar sobre essas duas tramas sem dar spoilers? Alguma chance de lermos mais sobre Erika no futuro?

RB: Eu realmente não quero dar spoilers, mas digo que ambos os livros lidam com casos de assassinatos bem complexos. Também descobrimos mais sobre a vida pessoal de Erika, e sobre a vida dos agentes que trabalham com ela. Aos poucos, Erika está tentando ser feliz de novo, mas isso vai levar tempo e ela também terá de enfrentar contratempos no meio do caminho!

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Robert Bryndza é autor do último lançamento da Editora Gutenberg, O último suspiro.

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