Entrevista com Tessa Dare, autora de "Uma aposta irresístivel"

Gutinha - Publicado na categoria Entrevistas em 12/07/2021


Eu e Tessinha estamos nos tornando BFF’s e posso provar!

Acabei de lançar seu novo livro Uma aposta irresistível aqui no Brasil. Então, aproveitei para bater um papo com ela e fazer aquelas perguntas menos óbvias e mais informais. Falamos sobre diferenças entre as gerações, sua conexão com o Brasil para além dos livros, conselhos para quem deseja escrever e até suas palavras favoritas em português!

Tessa Dare

Mas vamos começar do começo, apesar de achar que ela dispensa apresentações. Tessa Dare é uma autora norte-americana, best-seller do New York Times e do USA Today. Seus livros foram traduzidos em mais de 12 idiomas e já ganharam inúmeras honrarias, incluindo duas vezes o prestigioso prêmio RITA, além do Selo de Excelência da RT Book Reviews. Ela ama animais – quem a conhece bem sabe do seu fascínio por cabras bebês! Mora na Califórnia com seu marido, dois filhos, três gatos e um cachorro, o Loki.

Espero que você se divirta com essa entrevista, assim como eu me diverti!

Gutinha: O que existia na sua juventude que você gostava e os jovens de hoje não podem usufruir? E o que existe hoje que você gostaria de ter usufruído na sua juventude?

Tessa: Quando penso nos meus próprios filhos adolescentes, vejo que as diferenças mais marcantes são os meios de comunicação. Quando eu era jovem, minha geração não tinha celular nem internet. Meus filhos podem conversar com seus amigos com muita facilidade e podem se conectar com pessoas em todo o país e em todo o mundo. Eles aprendem tantas coisas novas e exploram seus interesses no YouTube ou por meio de aulas on-line. Por outro lado, o fato de ser tão fácil pra eles falar digitalmente não os motiva a sair de casa e vivenciar… digamos, aventuras? … na vida real.

Gutinha: Está estudando português sozinha? Com quem tira as suas dúvidas?

Tessa: Na maior parte do tempo, estudo com o aplicativo Duolingo e uso o tradutor para me ajudar no chat online. Quando tenho dúvidas, costumo perguntar no Twitter onde os falantes nativos estão sempre dispostos a ajudar.

Gutinha: Qual palavra ou expressão em português você mais gosta?

Tessa: Hmmm, algumas das gírias que mais me divertem provavelmente não podem ser ditas aqui! Kkkkkkk “Saudade” é uma palavra adorável e não temos uma tradução direta em inglês. O Gil do Big Brother Brasil me apresentou muitas palavras divertidas. “Basculho”, “tchaki tchaki” e “Ai, Brasiilll” são todas divertidas de dizer. Ah, e “fogo no parquinho”! Obrigada, Tiago, por isso.

Gutinha: Quais características mais marcantes você enxerga no brasileiro em geral e nos seus fãs brasileiros em particular?

Tessa: Os brasileiros são muito carinhosos e entusiasmados tanto online como pessoalmente! Quando fui na Bienal em 2018, não esperava que as pessoas soubessem quem eu era. Fiquei impressionada com o número de leitores que compareceram às sessões de autógrafos e eventos, alguns deles viajando de longe. Muitos me deram presentes como cartazes, marcadores de livros e até brigadeiro caseiro. Eu me senti banhada de amor.

Gutinha: Quando começou a escrever, imaginava que faria tanto sucesso? Quais eram os seus planos na época?

Tessa: Quando comecei a escrever romances, não tinha ideia de que se tornaria meu trabalho em tempo integral e certamente não imaginava que teria leitores em todo o mundo, incluindo tantos leitores maravilhosos no Brasil. Eu só queria publicar um livro. Desde então, minha carreira tem se consolidado a cada dia, tenho a sorte de trabalhar com ótimas pessoas ao longo do caminho e de ter amigos talentosos que me incentivam quando preciso.

Gutinha: Qual o seu conselho para jovens mulheres que querem se tornar escritoras?

Tessa: Vai soar clichê, mas o mais importante é não desistir. Sempre quis ser escritora e tentava escrever ocasionalmente quando era mais jovem. No entanto, foi só aos 30 anos que concluí um livro inteiro. Tudo bem se levar um tempo para acontecer, contanto que você continue tentando. A única maneira real de aprender a escrever é escrevendo – do começo ao fim.

Gutinha: Quando vier ao Brasil, qual a primeira coisa que vai fazer?

Tessa: Em primeiro lugar, espero receber abraços e beijos. Aqui nos EUA, geralmente não nos abraçamos ao conhecer pessoas e quase nunca nos beijamos na bochecha. Eu amo a maneira calorosa do brasileiro se cumprimentar! Em segundo lugar, quero tomar um café bem forte e comer pão de queijo. Posso até tentar fazer o pedido em português.

Tessinha, te espero de braços abertos e com o pãozim de queijo no forno!

Um beijo, Gutinha

Tags:  Editora Gutenberg,  tessa dare


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