Dia da Consciência Negra: A luta contra o racismo é de todos

Equipe - Publicado na categoria Entrevistas em 20/11/2019


“O racismo imprime marcas negativas em todas as pessoas, de qualquer pertencimento étnico-racial, e é muito mais duro com aqueles que são suas vítimas diretas. Abala os processos identitários. Por isso a reação antirracista precisa ser incisiva. Para se contrapor ao racismo faz-se necessária a construção de estratégias, práticas, movimentos e políticas antirracistas concretas. É importante, também, uma releitura histórica, sociológica, antropológica e pedagógica que compreenda, valorize e reconheça a humanidade, o potencial emancipatório e contestador do povo negro no Brasil e a nossa ascendência africana.”
Nilma Lino Gomes, em texto de apresentação do livro Negritude – Usos e sentidos, de Kabengele Munanga


A luta contra o racismo e a desigualdade racial pertence a todos nós. O Grupo Editorial Autêntica ajuda a ampliar o debate sobre o lugar ocupado por pessoas negras no corpo social e sobre as maneiras através das quais podemos, juntos, modificar nossa sociedade.

Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, conheça os livros que podem contribuir com essa transformação.


AUTÊNTICA

Irmã outsider – Audre Lorde (tradução Stephanie Borges)
Neste livro, Lorde nos convida a enfrentar nossos medos e a quebrar silêncios. E examina uma ampla gama de tópicos, incluindo amor, guerra, imperialismo, brutalidade policial, construção de coalizão, violência contra as mulheres, feminismo negro e movimentos pela igualdade.
Lançamento antecipado na Festa do Livro da USP

Coleção Cultura Negra e Identidades
Coordenada por Nilma Lino Gomes, a coleção tem como proposta publicar títulos oriundos das mais diversas áreas do conhecimento que abordem, prioritariamente, a questão étnico-racial no Brasil e na diáspora.
Conheça todos os livros da coleção


Dicionário de História da África – Séculos VII a XVI: Nei Lopes, José Rivair Macedo
Este dicionário aborda a História da África tendo a própria África como centro e sujeito dos acontecimentos, procurando fugir das abordagens convencionais. Além dos mais de 1200 verbetes, esta obra traz: uma síntese cronológica, contextualizando os principais acontecimentos no continente africano entre os séculos VII e XVI; o embate entre as ideias e os interesses do islã, do cristianismo e da religião tradicional; as disputas pelo controle das fontes de riquezas e das rotas de comércio; o surgimento de unidades políticas criadas e expandidas por lideranças locais; biografias de líderes religiosos, políticos e outras figuras históricas; referências cruzadas entre os verbetes; extensa bibliografia relacionada e muito mais.
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Vozes negras na comunicação: mídia, racismos e resistências – Laura Guimarães Corrêa (org.)
Ao examinar fatores essenciais para o desenvolvimento de perspectivas críticas sobre raça e racismo nos estudos de comunicação, o livro analisa discursos dominantes e amplia o conhecimento acadêmico.
Lançamento em breve.


Pepitas brasileiras – Do Rio de Janeiro ao Maranhão, uma viagem de 5.000 quilômetros em busca dos heróis negros do país – Jean-Yves Loude | Tradução Fernando Scheibe
Ágil e rigorosa, a narrativa desvela fascinantes complementos à história oficial, que esquece tantos e tanto: os homens e as mulheres que têm em comum o fato de serem negros, descendentes de pessoas escravizadas; de terem participado, com sua coragem, criatividade e resistência, da construção das identidades e da alma brasileira; e de terem ficado na sombra ou à margem.
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Você é livre! – Dominique Torrès | Ilustrações: Christiane Costa | Tradução: Maria Valéria Rezende
Um retrato comovente da vida de muitas pessoas ainda submetidas a diferentes formas de escravidão em pleno século XXI.
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YELLOWFANTE

O garoto da camisa vermelha – Otávio Júnior | Ilustrações: Angelo Abu
O autor, conhecido sob a alcunha de Livreiro do Alemão, narra com lirismo a história de Juninho, um garoto que sonhava com um mundo melhor e mais colorido – e que descobriu que tudo isso era possível com a ajuda dos livros.
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NEMO

Palmares de Zumbi – Leonardo Chalub | Ilustrações: Luis Matuto
O livro traz uma nova luz sobre a saga de um dos maiores heróis negros do Brasil, narrada com paixão e reverência à cultura da capoeira e ao líder quilombola.
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A herança africana no Brasil (e-book) – Daniel Esteves (autoria) | Ilustrações: Wagner de Souza e Wanderson de Souza
A presença de elementos africanos tem enriquecido a sociedade brasileira por séculos. Mas essa é também uma história de trabalho e sofrimento, perseguição e superação. Nessa HQ conhecemos os princípios da escravidão no Brasil, suas várias etapas, as lutas pela libertação, e a maneira como a influência africana ajudou a formar a cultura, a religiosidade, o cotidiano e o próprio povo brasileiro.
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Série A Marcha – John Lewis, Andrew Aydin, Nate Powell | Tradução: Érico Assis
Série narra a trajetória do congressista John Lewis, uma das figuras centrais do Movimento pelos Direitos Civis nos Estados Unidos, bem como seu encontro com Martin Luther King Jr., em uma história de luta pela liberdade. Vencedora dos prêmios Eisner e Harvey, a série terá seu terceiro volume publicado pela Nemo.
Volume 1
Volume 2


VESTÍGIO

O sol ainda brilha – A história real do homem que passou 30 anos no corredor da morte por crimes que não cometeu – Anthony Ray Hinton | Tradução: Luis Reyes Gil
O sol ainda brilha é um depoimento extraordinário sobre o poder da esperança nos momentos mais sombrios. O livro de Hinton conta sua dramática jornada de trinta anos de encarceramento e mostra que é possível tirar de um homem sua liberdade, mas não sua imaginação, seu humor e sua compaixão.
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Soldados do Jazz – Os heróis negros do Harlem na Primeira Guerra Mundial – Thomas Saintourens | Tradução: Fernando Scheibe
A emocionante história do 15º Regimento de Infantaria da Guarda Nacional de Nova York, composto por soldados do Harlem, famoso bairro negro da cidade. Carregadores de malas, estivadores, mecânicos, boxeadores, advogados e músicos, esses combatentes acabaram relegados a trabalhos secundários e a serviços de apoio. Negros de origens diversas que quiseram acreditar que combater lado a lado com seus compatriotas brancos faria deles seus iguais. Homens rejeitados pelo próprio exército, que encontraram nas tropas francesas irmãos em armas que os reconheceram por sua coragem – e não apenas porque levaram o jazz em suas malas.
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