Grupo Autêntica

Kako

Nasci em São Paulo já desenhando livros.
Lápis de cor, canetas e papéis nunca faltaram em casa para mim e para meu irmão Bruno, e a cada viagem que fazíamos ganhávamos, cada um, um caderno de desenho novo, que era preenchido incessantemente durante nossos longos dias de férias. Não importava para nós se os cadernos ficavam sujos de barro durante nossas andanças seguindo o riacho em Cascata, sítio de meu avô entre São Paulo e Minas. Muito menos se as canetas entupiam com a areia das praias de Peruíbe ou Guarujá. O que importava é que a mão não podia parar. A cabeça também não. Não só o material era abundante, como também livros, livros e mais livros. Os queridos personagens de Lobato, o jovem herói de Lúcia Machado de Almeida, os aventureiros de Tolkien e Verne e até o espião de Fleming nos acompanhavam sempre e preenchiam páginas e páginas de nossos cadernos. Tudo era muito intenso e grandioso, pois para nós o mundo real nunca era o bastante.

Hoje, quase 40 anos depois, continuo com o mesmo sentimento e volto a ser aquele moleque que fui toda vez que tenho a tarefa de ilustrar um novo livro. Que sorte a minha!

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