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Bel Assunção Azevedo

Descobri o prazer da leitura muito cedo e enveredei por mundos encantados, vivendo aventuras, esperando, sofrendo, gargalhando e até, de vez em quando, ficando um pouco furiosa!

Aprender a escrever também foi uma libertação que desvendou uma possibilidade inesperada: eu mesma podia criar mundos que nem sabia existirem dentro de mim.

Mesmo assim, não imaginava tornar isso uma profissão e, ao longo da vida, fui seguindo por caminhos muito diversos.

Nunca abandonei a leitura, mas confesso que escrevia muito pouco, sem expectativas, de forma desorganizada e muito pouco sistemática a meu ver, escrever, assim como ler, são processos a serem exercitados e aprimorados por toda a nossa vida.

Foi quando tive a oportunidade de trabalhar com meu pai, um escritor, e o mundo da literatura voltou a fazer parte do meu dia a dia.

Certo dia, batendo papo com ele, surgiu a ideia de escrever algo sobre palavras enroladas, e caraminholas foi a primeira que surgiu na minha cabeça talvez pela sonoridade.

Na época, eu estava experimentando escrever com métrica e rimas, e no primeiro original utilizei o modelo das nossas quadras populares. Mais tarde, resolvi unir os versos, mas sem abandonar a métrica, e foi daí que surgiu essa espécie de prosa poética que tenho usado em muitos de meus textos e acredito trazer um ritmo interessante à leitura oral.

Sendo muito sincera, sempre tive caraminholas na cabeça! Achava que elas não serviam para nada e apenas usufruía delas por um prazer pessoal, sem maiores objetivos.

Descobrir que as minhas caraminholas, se trabalhadas e aperfeiçoadas ufa! , podem se transformar em livros e trazer, sobretudo, prazer a outras pessoas, tornou minha vida muito mais cheia de sentido!

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