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Aline Abreu

O Cheirinho de talco tem um perfume familiar e por isso é especial pra mim: foi ouvindo as histórias da minha família que descobri a vontade de ser escritora. Mas também dancei balé, toquei violino, fiz teatro; fui crescendo, viajei pro outro lado do mundo… Sabia que seria artista, mas gostava de tanta coisa! Enquanto isso, continuei pintando e escrevendo – as coisas que mais gosto de fazer – e todas as vezes que pegava um livro ilustrado nas mãos, sentia um frio na barriga. Era isso! Como a bisneta que sente o cheirinho de talco da bisavó, senti o cheirinho da descoberta: fazer livros ilustrados era exatamente o que eu queria.
Este livro nasceu assim: senti um cheirinho de talco, bebi um respingo de memória, me arrepiei com um ventinho de saudade e juntei tudo com minha imaginação. Fui escrevendo imagens, que desenharam palavras…
As ilustrações eu fiz com papéis amarelados, guardados havia tempos, amassadinhos como as memórias entocadas bem dentro da gente. Usei a monotipia: passei tinta numa placa de vidro com um rolinho, coloquei um papel fino sobre a tinta e fiz os desenhos usando uma caneta sem tinta; depois levantei o papel e vi o desenho que ficou impresso com a tinta que estava no vidro. Esperei a tinta secar e continuei o trabalho com pintura e colagem, pra criar imagens que unem minha memória e minha imaginação.

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