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Autêntica lança antologia que reúne os principais escritos do educador Simón Rodríguez

Uma leitura para (re)pensar a educação de ontem e de hoje

“A América Espanhola é original = ORIGINAIS devem ser suas instituições e seu Governo = e ORIGINAIS os meios de fundar um e outro. ou Inventamos ou Erramos.” A célebre frase de Simón Rodríguez inspirou o título da sua antologia agora lançada Autêntica Editora. O livro é uma excelente oportunidade para o leitor brasileiro descobrir esse autor do século XVIII que é provavelmente o primeiro idealizador e realizador de uma escola popular de verdade.

O venezuelano Simón Rodríguez ainda é um ilustre desconhecido no Brasil. Nascido em Caracas no ano 1769, uma das marcas mais divulgadas de sua biografia é a sua particular relação com Simón Bolívar, de quem foi tutor, companheiro de viagem pela Europa e depois seu ministro da Educação no recém-criado Estado boliviano. Entretanto, Inventamos ou erramos demonstra que ele representou muito mais do que apenas “mestre do Libertador”; foi sobretudo um pensador original, com uma maneira ímpar de viver e entender o mundo e, principalmente, o ensino.

Rodríguez teve uma vida militante sustentada na educação popular como ideia filosófica. Sua abundante produção está atravessada pela defesa da causa social: em vez de proclamar a liberdade e a igualdade de forma abstrata, ele as coloca como base para a transformação da economia e da organização social, criando, por meio da educação, os cidadãos das novas repúblicas: “Se a ignorância reduz um homem à escravidão, instruindo-se o escravo ele será livre”. O mestre foi extremamente crítico em relação ao método de Lancaster e ao ensino de memorização e repetição, pois, na sua visão, a educação é um trabalho que exige crítica e compreensão do que foi aprendido: “Mandar recitar, de memória, O QUE NÃO SE ENTENDE é fazer PAPAGAIOS, para que… pela vida!… sejam CHARLATÕES”.

O projeto educacional rodriguiano foi sendo desenvolvido na sua peregrinação pelo mundo. A aventura começou na Venezuela, de onde ele saiu aos 25 anos, e perdurou por várias décadas, com o viajante incansável percorrendo inúmeros países da América e do velho continente. Sempre ganhou seu sustento como professor de escola – sem aceitar esmolas, apenas trabalho – e se dedicava a transmitir suas ideias sobre a educação e o sistema republicano. Em 1825, com a independência da Bolívia realizada com a ajuda bolivariana, Rodríguez teve a possibilidade de implantar uma escola completamente diferente das escolas conhecidas na América e, talvez, no mundo: o Colégio de Órfãos e Meninos Carpinteiros transformou a realidade educativa não só da cidade de Chuquisaca, mas de toda uma época, ao receber meninos e meninas em qualidade de iguais, sem fazer distinção social, econômica e étnica.

A escola popular latino-americana mais original e radical foi rapidamente considerada um perigo numa sociedade hierarquizada e onde a desigualdade imperava. A instituição foi fechada em pouco tempo e o professor continuou viajando pelos países andinos, divulgando o seu conceito de “uma escola para todos”, onde a igualdade era declarada como um princípio, a ser afirmado e praticado sem condições – o que continua sendo um objetivo a ser alcançado nos dias de hoje.

A edição da Autêntica é uma antologia da maioria dos escritos conservados de Simón Rodríguez e tem tradução de Cinthia Fernandes. Os textos de apresentação e das notas são fruto de um importante trabalho de pesquisa bibliográfico realizado por Maximiliano Durán e Walter Kohan.
O livro faz parte da coleção Educação: Experiência e Sentido, coordenada por Jorge Larrosa e Walter Kohan. A proposta é editar publicações que testemunhem experiências de escrever a educação, de educar na escrita, de maneira a possibilitar ao leitor a ampliação da liberdade de pensar a educação. Conheça outros livros da coleção no site www.grupoautentica.com.br.

A importância mental submete,
A importância física escraviza.
O homem ignorante não sabe governar-se:
nem o miserável pode defender-se:
muda um de estado e o outro de senhor:
mas nenhum muda de condição.
A felicidade de ambos consiste em acreditar que estão melhor.
Simón Rodríguez – Inventamos ou erramos

Sobre o autor: Simón Rodríguez (1769-1854), órfão, foi criado pelo presbí¬tero Carreño em sua casa. Em 1791, foi professor de ensino fundamental da esco¬la municipal de Caracas. Em 1794 escre¬veu o relatório Reflexiones sobre el estado actual de la escuela de primeras letras, que foi rejeitado pelas autori¬dades da cidade e o professor apresentou a renúncia de seu cargo. Em seguida, Rodríguez iniciou uma viagem que durou mais de 25 anos pela América Central, do Norte e Europa, percorrendo Jamaica, Estados Unidos, França, Alemanha, Itália, Rússia, Inglaterra e outros países. Em 1823, retornou à América para colaborar na causa da independência do domínio espanhol. Entre 1826 e 1854, retoma as viagens, agora pela Bolívia, Chile, Equador e Peru. Em todos os lugares por onde passou, abriu escolas e trabalhou como professor. Sempre acompanhado por dois baús nos quais guardava seus muitos escritos. Esgotado e doente, morreu da mesma forma como viveu: praticamente na miséria.

Serviço

Autor: Simón Rodríguez
Tradutora: Cinthia Fernandes
Preço: R$ 43,00
Páginas: 240
Formato: 14 × 21 cm
Acabamento: brochura
ISBN: 978-85-8217-862-1
Editora: Autêntica
Coleção: Educação: Experiência
e Sentido

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