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Editora Autêntica lança “O Sol e o Peixe: prosas poéticas”, de Virginia Woolf

Coletânea de textos expõe com clareza uma das maiores e mais contundentes escritoras britânicas de todos os tempos

Em O Sol e o Peixe: prosas poéticas – lançamento da Editora Autêntica, com tradução de Tomaz Tadeu – cenas, visões e outras artes, como a pintura e o cinema, são elementos frequentes. Através de imagens, metáforas e insinuações com passagens quase cifradas, impenetráveis e misteriosas, o leitor caminha por um universo paradoxalmente íntimo e universal de emoções diversas. Os textos reunidos nesta coletânea demonstram um tom lírico, poético e experimental muito próximos do estilo de alguns de seus melhores contos, com KewGardens ou Objetos Sólidos. Remete também ao livro Ao Farol (Autêntica, 2013), publicado como texto autônomo com o título O Tempo Passa (Autêntica 2013). Um dos diferenciais deste lançamento é o ineditismo no Brasil de seis dos nove contos. Memórias de Uma Filha, A Paixão da Leitura, Anoitecer em Sucssex, A Pintura, O Cinema e O Sol e o Peixe nunca foram publicados por aqui.

Os nove contos que dão corpo a este lançamento estão distribuídos, ao longo da obra, em A vida e a arte, A rua e a casa e O olho e a mente. No texto que dá nome ao livro, a escritora contrapõe numa linguagem de intensa carga poética seu testemunho de um eclipse total do sol que ocorreu no ano de 1929 à visita a um antiquário do zoológico da capital inglesa. Já em Flanando Por Londres, declara em prosa seu amor pela cidade com o simples ato de comprar um lápis. Em ambos, vemos claramente o diálogo com autores franceses de igual peso e genialidade, como Baudelaire e Valéry, que fazem o mesmo que Virginia ao utilizar a literatura para dissecar e enaltecer a cidade.

Em outros momentos nos deparamos com temas áridos com o ensaio Sobre Estar Doente focalizado em seus distúrbios (a autora tinha problemas de depressão que culminou em seu suicídio, em 1948). Quanto às análises críticas de livros, esta obra apresenta os textos Ensaio Sobre Montaigne e A Paixão da Leitura. Destaca-se também a relação complexa com o pai em Memórias de Uma Filha onde Woolf expõe sua personalidade difusa.

Na opinião de acadêmicos e críticos literários bem embasados, Virginia Woolf foi a maior romancista lírica em língua inglesa que já se viu, tendo produzido uma narrativa abundante de impressões audiovisuais e introspectivas que vai ao encontro dos anseios mais urgentes de sua época e também do futuro, pois continua lida e interpretada tanto pelas academias como no teatro, cinema e até ou principalmente pelos inúmeros leitores que jamais deixaram seus livros de lado.

Este legado é tão claro que o movimento feminista, intensificado a partir das décadas de 1960 e 1970, bebeu e ainda bebe em suas águas, utilizando os questionamentos da escritora na formação da crítica ao papel da mulher na sociedade. Como autora e pensadora é uma forte referência para a literatura não apenas britânica ou anglo-saxônica, mas mundial. E não há como catalogá-la estilisticamente, uma vez que sua produção era profícua e apresenta elementos distintos. Criou e utilizou o que chamamos de fluxo de consciência e a psicologia íntima em tramas de alto teor emocional com tons autobiográficos fortes.

Filha do escritor, historiador, ensaísta e biógrafo Sir Leslie Stephen, Woolf era uma crítica convicta da rígida sociedade vitoriana e ao lado de pensadores como os também escritores Roger Fry e Duncan Grant, os historiadores e economistas Lython Strachy e John Keynes, criou o mítico Grupo Bloomsbury, círculo de intelectuais que após a I Guerra Mundial se posicionou contra as tradições literárias, políticas e sociais. Única mulher atuante nas discussões, essa foi uma questão que suscitou intensas reflexões acerca do papel feminino frente às construções culturais de gênero criadas pelos homens a fim de subjugá-las a papéis estabelecidos e inquestionáveis. Discutia, por exemplo, como teria sido se Shakespeare tivesse uma irmã igualmente talentosa e genial em plena Era Elisabetana.

Entre os trabalhos mais importantes, destacam-se: Mrs. Dalloway (1925), Ao Farol (1927), Orlando (1928) e Um Teto Todo Seu (1929). Neste último, argumenta que “uma mulher precisa de um teto todo seu e quinhentas libras por ano para poder se dedicar à escrita”. A partir disso, não resta dúvida de que Virginia grita, contra todos os idealismos, que a genialidade não surge do nada. A poesia, as belas artes, precisam de terreno fértil – o que não se conquista com bifes e ameixas secas.

Ficha técnica:
Preço: R$ 37,90
Páginas: 112
Editora: Autêntica
Formato: 14 × 21 cm
Acabamento: Capa dura
ISBN: 978-85-8217-487-6

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