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Psicóloga resgata teoria e prática clínico-política do Acompanhamento Terapêutico para inserção de pacientes psíquicos

14/11/2012 — Assessoria de Comunicação - Pluricom

Durante a Idade Média, havia no Norte da Itália andarilhos que buscavam levar o bem às suas comunidades, protegendo os que sofriam dos males da feitiçaria. Conhecidos como benandanti, ou andarilhos do bem, “eram homens e mulheres que carregavam caules de erva-doce nas mãos e curavam os enfeitiçados”, explica o historiador e antropólogo italiano, Carlo Guinzburg, na obra Andarilhos do bem. A partir deste estudo, a psicóloga e presidente da Associação de Acompanhamento Terapêutico, Luciana Chaui-Berlinck, identifica os modernos acompanhantes terapêuticos como os andarilhos do bem da atualidade, pois são esses profissionais que combatem o mal da discriminação social e da exclusão, buscando romper com os preconceitos que encerram e segregam os indivíduos chamados “loucos”. Em Novos andarilhos do bem: Caminhos do Acompanhamento Terapêutico, lançamento da Autêntica Editora, a autora apresenta a teoria e a prática do Acompanhamento Terapêutico, por meio de uma minuciosa pesquisa sobre a história do seu surgimento e das reformas psiquiátricas e sobre o que vem sendo publicado sobre o assunto, além de analisar o modo de pensar dos acompanhantes, a partir de entrevistas com estes andarilhos do bem.

A autora revela, por meio de uma apresentação cuidadosa e rigorosa, as origens do Acompanhamento Terapêutico, contextualizando-as na história do movimento psiquiátrico de reforma ocorrido, principalmente, na segunda metade do século XX, o qual acarretou mudanças significativas e estruturais na maneira de tratar os chamados “doentes mentais”. A exclusão e a segregação pela internação em instituições manicomiais passaram a ser combatidas e transformadas por diferentes propostas, como as comunidades terapêuticas e os hospitais-dia, entre outros recursos. O AT surge como um procedimento clínico-político de vital importância nesse processo que ainda se estende até os dias atuais. O acompanhante terapêutico é um dos agentes que podem contribuir para o resgate da cidadania de pessoas que foram destituídas de direitos fundamentais: não somente aqueles que foram internados em instituições asilares, mas também aqueles que transformaram sua residência ou seu quarto em lugar de exílio e exclusão.

Para o psicólogo Kleber Barreto, que assina o prefácio da obra, “o livro reconstrói os principais caminhos e – por que não? – descaminhos desse campo: suas principais inserções, suas diversidades teóricas e seus incontáveis desafios”. Utilizando-se do método da análise institucional do discurso, a autora se debruça sobre as principais produções bibliográficas e algumas entrevistas que realizou com acompanhantes terapêuticos. “É na análise desses discursos que a autora nos apresenta as riquezas, as errâncias, as fragilidades e as inconsistências do campo em questão”, afirma.

Sobre a autora – Luciana Chaui-Berlinck é psicóloga clínica, psicanalista, acompanhante terapêutica, mestre em Filosofia e doutora em Psicologia. É também docente do curso de Especialização em Psicopatologia e Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da USP, docente e supervisora clínica dos cursos de Psicologia do Centro Universitário São Camilo e das Faculdades Integradas de Guarulhos e atual presidente da Associação de Acompanhamento Terapêutico. Como primeira formação, estudou Artes Cênicas na Escola de Arte Dramática da USP.

Para mais informações, entre em contato com nossa assessoria de comunicação pelo e-mail ou pelo telefone (31) 3465-4500 (ramal 207).

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