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09/07/2015 — Assessoria de Comunicação
Sorridente e luminosa na foto estampada na Folha de S.Paulo, a pianista Olivethi, 88 anos, diagnosticada com AIDS aos 67, é testemunha das mudanças tanto sociais quanto científicas que ocorreram com relação à AIDS: “Naquela época, ninguém falava que uma mulher casada, na minha idade, podia ter aids. Fiquei apavorada”, diz. A maior hipótese sobre sua contaminação é que tenha ocorrido através de seu esposo, que era diabético, e faleceu em consequência de um tombo no ano anterior ao diagnóstico dela, que diz não pensar nisso e nem na doença: “Coloquei na cabeça que ela não me pertence”, mas não se descuida. Toma seus remédios religiosamente e aproveita sua vida, a praia, os netos… “Tenho tanta energia que minhas amigas já brincaram dizendo que vão tomar o coquetel também para dar conta de me acompanhar”.
A história de Olivethi é uma entre as várias abordadas em Histórias da AIDS que, apesar do tema emblemático e ainda carregado de preconceitos e impressões de fatalidade, fala dos casos de sucesso, de pessoas produtivas e em paz com seu diagnóstico. “Do ponto de vista científico, o que se busca agora é a cura, assunto que encerra o livro”, escreve Cláudia Colluci, autora da matéria.
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