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Carros que fizeram história (IstoÉ)

13/09/2010 — Francisco Alves Filho, IstoÉ Independente

Livro relaciona os 50 modelos de automóveis mais influentes do mundo e mostra como o design se impôs sobre a função utilitária reservada aos veículos inicialmente

Quando surgiu, no final do século retrasado, ninguém duvidava que a engenhoca que se movia sobre quatro rodas sem tração animal mudaria para sempre a vida das pessoas. Mesmo os mais visionários, porém, não imaginaram que a máquina, batizada de automóvel, iria muito além do papel utilitário que lhe foi reservado inicialmente. Com as inovações de forma e estilo criadas em vários países, transformou-se em objeto de desejo, símbolo de status e desde então povoa os sonhos de consumo de boa parte da população – algo que o alemão Karl Benz não planejou quando o inventou em 1885. Os principais modelos que marcaram essa trajetória integram o livro Cinquenta Carros que Mudaram o Mundo (Autêntica Editora), com uma lista montada pelos experts do Design Museum, de Londres. A relação vai do célebre Ford T, criado em 1908 nos Estados Unidos, ao último microcarro, surgido em 1998, na Europa. Com as fotos de cada uma dessas máquinas, pequenos textos explicam qual inovação foi acrescentada ao conceito dos automóveis conhecidos até então. Trata-se de uma aula de design.

Já de saída, os projetistas mostraram qual seria a sua importância para a história dos carros. Conhecido como “o carro que motorizou a América”, o Ford T foi a grande criação de Henry Ford – dono da fábrica que leva seu sobrenome, apesar de ele nunca ter estudado engenharia. Oriundo do campo, ele resolveu fazer com que o automóvel tivesse resistência para percorrer estradas rurais. Por isso, o modelo ganhou amortecedores mais resistentes e um design arqueado. Acabou conquistando os Estados Unidos. A grande alavanca dessa conquista foi justamente a sua forma, que diferenciava aquele carro das carroças a vapor de algumas décadas antes.

O uso da aerodinâmica – palavrinha mágica que até hoje é trunfo da indústria automobilística – representou um passo adiante nessa vitória da forma sobre a função original dos carros de simplesmente carregar objetos e pessoas de um lado para o outro. Em 1938, isso ficou claro quando nasceu, na Itália, o modelo resultante da união da fábrica de carrocerias Touring com a indústria Alfa Romeo. Esse carro era marcado pela carroceria concebida para a corrida de Le Mans, em 1939, e representava a última evolução do pensamento aerodinâmico. Seu design manteve-se influente até meados dos anos 50. “Preserva, de forma extraordinária, o fantasmagórico contorno do ‘clássico’ carro antigo, que parece se transformar diante de nossos olhos em uma verdadeira escultura de vento moderna”, descreve no livro a equipe do Design Museum.

Até mesmo para separar o clássico do esportivo, é o desenho que serve como definição, mais que a potência do motor ou resistência da estrutura. Assim nasceu o Land Rover. Após a guerra, o sócio e construtor-chefe da fábrica Rover resolveu criar um modelo inspirado no Jipe, mas que tivesse mais espaço. Seria uma tentativa britânica de fazer um veículo resistente e confiável. Com sua engenharia robusta, virou coqueluche na polícia e nas agências governamentais não só do Reino Unido, mas de todo o mundo. Três anos após o lançamento do modelo, o sucesso de vendas fez a fábrica dobrar sua produção.

Com o passar do tempo, a importância dos desenhistas, cresceu, mas talvez isso nunca tenha sido tão visível quanto na década de 50. Foi em 1951 que a General Motors lançou o Buick – Le Sabre, um modelo ousado, inspirado nas linhas de um avião a jato. O projeto de Harley Earl marcou o nascimento da obsolescência planejada – o planejamento de um objeto que teria data de validade definida desde sua criação, seja pela duração de seu material, seja como nesse caso, pela atualidade de suas formas. Foi esse o caminho seguido pela indústria automobilística dos Estados Unidos, na década de 1960, classificado pelo ativista americano Ralph Nader como o “cume reluzente da trivialidade”. A essa altura, o automóvel assumia completamente a função de objeto de desejo que desempenha até hoje.

A lista continua com vários outros destaques, como o Volkswagen original, a Ferrari, o Citroën e o Fiat 600. O título “Cinquenta Carros que Mudaram o Mundo” compõe a coleção de quatro livros elaborada pelo Design Museum. As outras três obras apresentam os vestidos, as cadeiras e os sapatos que revolucionaram o mercado com suas formas inovadoras. Os textos do volume relativo aos carros poderia ter contado com uma tradução melhor. Apesar disso, serve para fermentar ainda mais a paixão da legião de devotos dessas lindas máquinas sobre quatro rodas.

Para mais informações, entre em contato com nossa assessoria de comunicação pelo e-mail ou pelo telefone (31) 3465-4500 (ramal 207).

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