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Autêntica Editora lança em edição bilíngue O tempo passa de Virginia Woolf

02/05/2013 — Assessoria de Comunicação - Pluricom

No final de 1926, quando Virginia Woolf terminava a escrita de Ao Farol, a Princesa de Bassiano (1880-1963), fundadora e diretora da revista literária francesa Commerce encomendou-lhe um texto para ser publicado no número que sairia no início do ano seguinte. Virginia enviou, então, uma versão da segunda parte do romance, intitulada O tempo passa. Mas o texto enviado pela escritora era substancialmente diferente da versão final incorporada em Ao Farol. Virgínia Woolf tinha em mente apresentar à revista um texto que tivesse uma certa autonomia. E é esse texto autônomo, publicado originalmente pela Commerce em 1927 e descoberto pelo pesquisador James M. Haule em 1983, que a Autêntica lança em edição bilíngue (inglês-português), pela Coleção MIMO, organizada por Tomaz Tadeu, também tradutor da obra.

Em O tempo passa, Virginia Woolf registra com a passagem do tempo, usando como cenário uma velha casa abandonada em processo de deterioração, outrora casa de verão da família Ramsay antes do falecimento da matriarca. A fiel empregada da família, Sra. McNab, faz o que pode para tentar manter a casa em ordem e em pé, caso a família queira retornar, mas é “uma mulher sozinha em uma casa abandonada”. A escritora conduz o leitor a acompanhar as passagens do tempo e seus efeitos naquele cenário, em meio aos estalos da casa, que sofre com o envelhecimento, agonizando, com uma narrativa poética construída sobre o efeito combinado do tempo medido pelo cronômetro e do tempo medido pelo barômetro.

A edição bilíngue se completa com um ensaio do filósofo francês Michel Serres sobre “O tempo passa”, a seção central de Ao Farol; um texto analítico de James M. Haule, sobre as diferenças entre a versão enviada à revista francesa e a publicada no livro; além de um posfácio de Tomaz Tadeu. A obra ainda possui imagens que ajudam a compor a obra com pinturas do dinamarquês Jesper Christian Christiansen, inspiradas justamente em O tempo passa.

De acordo com Tomaz Tadeu, organizador da obra, essa versão de O tempo passa pode ser lida mesmo por quem não leu Ao Farol, justamente pelas alterações propostas por Woolf na versão enviada à revista francesa: “Virginia tinha em mente apresentar à revista um texto que tivesse uma certa autonomia. Em uma das cartas trocadas com Charles Mauron, crítico literário francês que traduziu ‘O tempo passa’ para a revista, ela chega a se referir ao texto não como uma versão do capítulo do livro a ser publicado, mas como uma ‘história’ autônoma. É justamente essa autonomia que justifica a tradução do texto enviado à revista Commerce numa edição separada, tal como fazemos agora. Como se verá, é realmente possível ler O tempo passa, na versão aqui publicada, como se fosse um texto independente, sem ter lido o livro inteiro.”

Sobre a autora – Virginia Woolf (1882-1941) nasceu em Londres, Inglaterra. Foi escritora, ensaísta e editora. Tornou-se uma das mais importantes figuras do modernismo na Europa e desempenhou papel significativo dentro da sociedade literária londrina durante o período entreguerras. Tornou-se conhecida com os romances Mrs Dalloway (1925), lançado em tradução pela Autêntica em 2012; Ao Farol (1927), com nova tradução a ser publicada ainda em 2013 pela Autêntica; Orlando (1928); e o ensaio Um Quarto Só Para Si (1929).

Sobre o tradutor – Tomaz Tadeu é Ph.D. em Educação pela Stanford University (1984). É autor de diversos livros, coordenador da Coleção MIMO e tradutor de obras clássicas como a Ética, de Spinoza e O pintor da vida moderna, de Charles Baudelaire, entre outras.

Para mais informações, entre em contato com nossa assessoria de comunicação pelo e-mail ou pelo telefone (31) 3465-4500 (ramal 207).

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