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Lima Barreto

Afonso Henriques de Lima Barreto, escritor e jornalista brasileiro, nasceu no Rio de Janeiro em 1881 e faleceu também no Rio, em 1922, aos 41 anos de idade.

Filho de pais pobres, ficou órfão de mãe aos 6 anos. Fez o curso secundário no Colégio Pedro II e o curso de Engenharia, até o 3º ano, na Escola Politécnica.

Quando seu pai enlouqueceu, em 1903, abandonou os estudos para trabalhar e sustentar a numerosa família. Trabalhou como escrevente copista (amanuense) na Secretaria de Guerra. Para aumentar a renda, escrevia textos para jornais cariocas. Militante na imprensa socialista da época, simpatizava com o anarquismo, movimento social dos séculos XIX e XX (primeira metade), segundo o qual a sociedade existe de forma independente e contrária ao poder do Estado, que considera dispensável e até nocivo à criação de uma autêntica comunidade humana.

Escreveu romances, sátiras, contos, textos jornalísticos e críticas. Num estilo enxuto, coloquial e fluente, suas obras criticam as grandes injustiças sociais; mostram o ponto de vista do humilhado, a violência dos brancos contra os negros; dão voz à população da periferia das grandes cidades, transformando-o no precursor da literatura de temática negra no Brasil.

Enfrentou a pobreza, o preconceito racial, o alcoolismo e a depressão, essa que o levou a ser internado algumas vezes em hospícios. Ainda assim, e tendo vivido pouco, tornou-se um dos maiores autores brasileiros de todos os tempos.

Além de Clara dos Anjos (1948), escreveu obras-primas como Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909), Triste fim de Policarpo Quaresma (1915) e Os bruzundangas (1923).

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